Polícia Civil desarticula grupo criminoso que trazia drogas ao RS por meio de voos clandestinos

Na manhã desta quinta-feira, 16/09, a Polícia Civil, por meio da 4ª DIN do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc), deflagrou a Operação Golf de combate ao tráfico de drogas, visando desarticular uma organização criminosa que operava voos clandestinos para trazer grande quantidade de drogas para o Rio Grande do Sul.


Criminosos usavam pequenas aeronaves em vôos clandestinos, pousando em aeroclubes. Foto: Divulgação/PCRS

A investigação teve início após uma apreensão realizada no fim de abril, quando foram apreendidos 46 kg de cocaína, além de 14,6 kg de insumos, 500 gramas de maconha, 430 comprimidos de ecstasy, uma pistola glock e três veículos, em ação que contou com apoio da PRF.

No decorrer da investigação, constatou-se que o grupo trazia em torno de 200 kg drogas semanalmente para o estado, utilizando pequenas aeronaves, em voos clandestinos, pousando em pequenos aeroclubes e dali transportando e distribuindo as drogas para o restante do estado.

No final da tarde de quarta-feira, 15/09, após monitoramento de um avião utilizado pela quadrilha, os agentes prenderam dois indivíduos que estavam com mandado de prisão preventiva decretada. Eles haviam realizado voos dentro do estado e foram presos após pousarem em Novo Hamburgo. Com eles foram apreendidos quatro mil dólares, documentos e equipamentos.


Dólares e diário de bordo, com informações sobre os voos, foram apreendidos na ação. Foto: Divulgação/PCRS

Na manhã desta quinta, 16/09, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Gravataí, São Leopoldo, Capão da Canoa e no estado de São Paulo, nas cidades de Araras e Bragança Paulista, resultando na prisão de mais duas pessoas e na apreensão de uma aeronave.

Além de dois operadores presos em abril e da esposa de um deles que executava tarefas de controles financeiros, foram presos um mecânico de aeronaves, um piloto e o responsável pela célula criminosa, no qual recai a suspeita de receber ordens diretamente do sistema penitenciário federal.

Segundo o Delegado Siqueira, essa operação, que durou seis meses, deu um duro golpe logístico e financeiro na maior facção do estado, com base no Vale dos Sinos, e que possui estreita relação com uma organização criminosa do estado de São Paulo, que opera em todo país. Também destacou o excelente trabalho investigativo, o empenho e a dedicação de toda equipe desta especializada.

O Diretor de Investigações do Denarc, Delegado Carlos Wendt, afirma que a continuidade do trabalho investigativo da rota aérea será compartilhada com a Polícia Federal, por envolver tráfico internacional de drogas a partir da fronteiro com o Paraguai.

A ação integra a estratégia da Polícia Civil de intensificar a presença do Estado em áreas conflagradas pelo tráfico de drogas e de focar no enfraquecimento das grandes organizações criminosas.