Polícia Civil descobre falsa Delegacia de onde eram aplicados golpes dos nudes
Na quarta-feira, 27/04, agentes da 1ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo descobriram uma falsa delegacia no município, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em um prédio no bairro Canudos. No local foram encontrados diversos documentos e fotos usados para aplicar o chamado golpe dos nudes, além de armamentos falsos e drogas. Três pessoas foram presas.
Segundo a polícia, o grupo criminoso utilizava banners de diversos Estados da Federação (como de Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul) e banner da Polícia Federal, além de uma bandeira do RS, uma bandeira do Brasil e uma bandeira de Santa Catarina, a fim de aplicar estelionatos e extorsões.
Uma das salas simulava o espaço de uma Delegacia de Polícia, com mesa e cadeiras, computadores, impressoras, algemas, rádios comunicadores, armamentos falsos (arma longa e pistola), camisetas e canecas da Polícia Civil, dentre outros.
Ao longo das buscas, os policiais encontraram diversos documentos forjados pela organização criminosa com inúmeras fotos e dados das vítimas para aplicar o golpe dos nudes, inclusive um caderno com diversas anotações dos valores recebidos. Por estas anotações estima-se que a quadrilha recebia milhares de reais em apenas um mês. Foram encontradas anotações mencionando inúmeras vítimas de diversos Estados da Federação. “O golpe era milionário”, disse o delegado Tarcísio Lobato Kaltbach.
Também foram encontrados no local aproximadamente 2.500 comprimidos de ecstasy. A ação resultou em três presos e uma outra pessoa já está identificada. De acordo com a polícia, o suspeito já possui mandado de prisão expedido pela Justiça de Santa Catarina e está utilizando um documento falso do Estado do RS.
Dos três presos na ação, dois são do Estado de Santa Catarina e um é do Rio Grande do Sul. O quarto indivíduo, que está foragido, é do Estado de Santa Catarina. Os autuados devem ser indiciados pelos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes e associação ao tráfico de drogas, formação de quadrilha, estelionato, extorsão e uso de distintivo/símbolos de função pública que não exerce.