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Polícia Civil faz operação contra esquema que disfarçava ganhos com jogos ilegais

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Foram apreendidos quase R$ 1,6 milhão em espécie, além de celulares e 200 ceduleiras de máquinas caça-níqueis

Foto: Polícia Civil

Na manhã de terça-feira, 28/11, a Polícia Civil deflagrou a Operação Aposta Suja, com o objetivo de combater um esquema de disfarce de ganhos com o jogo ilegal, sobretudo caça-níqueis e jogo do bicho. Com investigação da Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), os alvos são empresários gaúchos e catarinenses.

Cerca de 50 policiais civis cumpriram 16 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos quase R$ 1,6 milhão em espécie, além de celulares e 200 ceduleiras de máquinas caça-níqueis.

Os suspeitos, seus familiares e sócios elaboraram um esquema a fim de mascarar os ganhos ilícitos com a jogatina, constituindo mais de duas dezenas de empresas lícitas, criadas a partir de valores espúrios. Os negócios variavam em livrarias, casas lotéricas, cafeterias e vendas de títulos de capitalização, por exemplo. Também foram adquiridos pelos investigados imóveis e veículos, para dar aparência lícita aos proventos do crime.

Segundo a investigação, centenas de milhões de reais foram movimentados pelos empresários durante o período analisado pelos policiais.

Conforme o Delegado Cassiano Cabral, Diretor da Divisão de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do Deic, o objetivo da investigação atual é mostrar que a maior parte do dinheiro adquirido com jogo ilegal foi aplicado em atividades legalizadas: “Estão sendo cumpridas ordens de sequestro de 14 imóveis e 11 veículos, além de bloqueio de 18 contas bancárias e corretoras de criptoativos”.

O Delegado Filipe Bringhenti, titular da Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro destaca: “Outras 29 pessoas terão seus sigilos bancário, fiscal e bursátil afastados, para que novos elementos sejam trazidos ao inquérito policial”.

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