Polícia Civil investiga suspeito de mutilar e matar gatos no noroeste do Estado
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar denúncias de que um homem adotava gatos para depois quebrar dentes e patas dos animais e matá-los. Há registros nas regiões Noroeste e Central do Estado. Os policiais conseguiram resgatar um filhote na pousada onde estava o suspeito, situada na cidade de Joia. De acordo com ativistas da causa animal, mais de 30 gatos teriam sido vítimas. Apesar da nova lei federal de maus-tratos, que prevê prisão e pena de reclusão de até cinco anos, ele responde em liberdade porque não houve flagrante.
Segundo o delegado Ricardo Miron, durante depoimento o homem confessou o crime. O próximo passo da investigação, agora, é a reunião de provas das denúncias, o aprofundamento da confissão e os depoimentos das testemunhas. “É preciso mais provas, pois a confissão somente não serve para uma eventual condenação judicial, pois precisa ter provas testemunhais e materiais” justificou o delegado Ricardo Miron, lembrando que a lei 9.605/98 prevê pena de reclusão de dois a cinco anos nestes casos.
Os ativistas da causa animal relataram que o suspeito sistematicamente pedia os gatos para adoção nas redes sociais. Ele foi monitorado desde julho deste ano devido ao comportamento estranho, pois alegava depois que os gatos haviam fugido ou que tinha repassado para outras pessoas. Denúncias surgiram em várias cidades, como Joia, Ijuí, Santo Ângelo e Santa Maria.
Um dos gatos chegou a ser devolvido pelo suspeito com dentes e patas quebrados, tendo como desculpa que o animal caiu de uma escada. Os ativistas encaminharam então o gato para tratamento veterinário, incluindo a colocação de um fixador com pinos em uma das pernas. “Tudo isto será investigado. Estamos tentando confirmar com as provas”, resumiu o delegado Ricardo Miron.
Informações: Correio do Povo