Polícia Civil prende homem que vendia muffins recheados de maconha na região Metropolitana
Na última sexta-feira (23/10), agentes da 1ª Delegacia de Polícia de Sapucaia do Sul, na região Metropolitana de Porto Alegre, prenderam um homem que comercializava doces com drogas. Com a ajuda de uma mulher, ele vendia muffins e licor com extrato de maconha. Segundo a Polícia Civil, o casal vinha sendo investigado há cerca de um mês. Os dois são universitários e residem em bairro de classe alta de São Leopoldo. O homem, estudante de Nutrição, era responsável pela produção do material, enquanto a mulher fazia a divulgação pelas mídias sociais.
Os produtos ilícitos eram distribuídos aos finais de semana em várias cidades do Estado. Os locais da tele-entrega eram as cidades de São Leopoldo, Porto Alegre, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha.
Nas buscas no imóvel do casal, local onde eram produzidos os muffins, foram localizados todos os insumos utilizados na produção, aproximadamente 50 muffins prontos para venda, um litro de licor, balanças de precisão, R$ 2.500 oriundos da venda, maconha em espécie para a produção, centenas de embalagens e cadernos contendo a contabilidade e os dados dos clientes. Segundo a polícia, a maconha utilizada no processo era transformada em manteiga-base para a produção dos muffins.
O homem foi preso em flagrante na casa. No momento da chegada dos policiais, ele estava finalizando uma venda. A mulher não estava, mas será intimada pela Polícia Civil.
O delegado Gabriel Borges, a cargo da investigação, destacou que "chama atenção a forma inusitada em que se deu a configuração do crime, mas ainda assim não retira o caráter de tráfico ilícito de entorpecentes. A motivação para a prática desse crime é justamente a procura por parte de pessoas de classe média que contribuem para a movimentação criminosa.”
De acordo com o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), delegado de Polícia Regional Mario Souza, as investigações seguem em busca de outras pessoas que possam ter participação no crime, principalmente os fornecedores da droga considerada de alto grau de pureza.