Ação ocorreu em Canoas, na Região Metropolitana
A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), de Canoas, realizou na terça-feira, 31/10, a segunda fase de uma operação que desmantelou um grupo criminoso que atua na fabricação de placas veiculares, as quais alimentam o mercado de furto/roubo e receptação de veículos automotores na capital e Região Metropolitana.
Na ação de terça, foram cumpridas cinco medidas cautelares, houve a apreensão de telefones celulares e uma porção de entorpecentes.
Os indivíduos estão sendo investigados desde a prisão de uma mulher, em junho deste ano, responsável pela entrega das placas adulteradas aos destinatários finais. Na ocasião, ela estava na posse de uma motocicleta em situação de furto com sinais de identificação adulterados (placas clonadas).
Alguns dias depois, com a continuidade dos trabalhos, ocorreu o descobrimento, pela Polícia Judiciária, da fábrica de placas estabelecida no bairro Olaria, em Canoas.
A mulher responsável pela fábrica mencionada foi presa preventivamente durante a investigação criminal, no entanto, ganhou liberdade em pouco tempo. À época, quando cumprido o mandado de busca em sua residência, a presa conseguiu quebrar seu aparelho telefônico, mas ainda assim foi possível extrair os dados nele contidos, desvendando, assim, todo o esquema criminoso.
Dos cinco autores descobertos e confirmados, dois encontram-se recolhidos no sistema prisional, uma pessoa permanece monitorada por tornozeleira eletrônica, e outras duas continuam em liberdade. Apesar da representação formulada pela autoridade policial para a segregação de todos preventivamente, já que acumulam vastos antecedentes, inclusive por organização criminosa, todos permanecem em liberdade.
De acordo com o Delegado titular da DRACO/Canoas, Gustavo Bermudez, o enfrentamento aos crimes de furto/roubo de veículos e todos os seus tangenciais (receptação, adulteração de sinal de veículo automotor, entre outros) são prioridade dentro das estratégias traçadas pela Delegacia Regional.
O Diretor da 2ªDPRM, Delegado Cristiano Reschke, ressalta a importância de todos os atores neste cenário de investigação criminal, notadamente o Ministério Público, através de suas manifestações, e o Poder Judiciário por meio de suas decisões cautelares. Somente com a soma de todas as atividades desempenhadas por estas instituições será capaz de dar um pouco mais de tranquilidade à sociedade gaúcha.