Polícia Federal deflagra segunda fase da Operação Egypto no RS

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, dia 3, a segunda fase da Operação Egypto, denominada Escavações, em investigação que apura crimes de violação de sigilo funcional e organização criminosa, no Rio Grande do Sul.

Policiais federais cumprem três mandados de busca e apreensão e um de prisão, em Porto Alegre e Cachoeirinha.

A investigação indica que um homem, ligado a sócios da empresa alvo da Operação Egypto, teria tentado obter informações antecipadas sobre eventuais medidas contra os sócios da empresa. Para isso, teria recebido valores substanciais por meio de transferências em nome de terceiros.

 


 

Relembre a Operação Egypto
A Operação Egypto investiga uma instituição financeira que atua sem autorização do Banco Central. A ação tem o apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. O inquérito policial foi instaurado em janeiro de 2019, para apurar a atuação de uma empresa com sede em Novo Hamburgo. Ela estaria captando recursos de terceiros, sem a autorização dos órgãos competentes, para investimento no mercado de criptomoedas. A empresa assumia o compromisso de retorno de 15%, ao menos, no primeiro mês de aplicação.

Conforme levantamentos da Receita Federal, uma das contas da empresa teria recebido créditos de mais de R$ 700 milhões entre agosto de 2018 e fevereiro de 2019. Os sócios da instituição financeira clandestina apresentaram evolução patrimonial de grande vulto, que, em alguns casos, passou de menos de 100 mil para dezenas de milhões de reais em cerca de um ano.

Além dos crimes de operação de instituição financeira sem autorização legal, gestão fraudulenta, apropriação indébita financeira, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o inquérito apura o envolvimento de pessoas que teriam tentado obter informações sigilosas da investigação e que foram identificadas.

Fonte: Polícia Federal