Polícia Federal indicia Bolsonaro por falsificação de certificado vacinal

Segundo informações do site R7, o documento chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira, 18/03

Polícia Federal indicia Bolsonaro por falsificação de certificado vacinal
Foto: Marcelo Fonseca/Correio do Povo

A Polícia Federal (PF) indiciou nesta terça-feira, 19/03, o ex-presidente Jair Bolsonaro por falsificação de certificado vacinal da COVID-19. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, também foi indiciado pelo mesmo crime.

No documento elaborado pela PF, constam os crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público. Além do ex-chefe do Executivo e de Cid, o deputado Gutemberg Reis (MDB) também aparece na lista de indiciados.

O caso começou a ser investigado em maio de 2023, com uma operação da PF que cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.

Segundo informações do site R7, o documento chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira, 18/03. Entre os crimes apontados pela PF, estão uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistema de informações, falsidade ideológica de documento público. Ao todo, 18 pessoas são apontadas no documento.

Veja lista dos indiciados abaixo:

– Jair Messias Bolsonaro

– Mauro Cid

– Gabriela Cid

– Luiz Marcos dos Reis

– Farley Vinicius de Alcantra

– Eduardo Crespo Alves

– Paulo Sérgio da Costa Ferreira

– Ailton Gonçalves Barros

– Marcelo Fernandes Holanda

– Camila Paulino Alves Soares

– João Carlos de Sousa

– Marcelo Costa Câmara

– Jair Messias Bolsonaro

– Max Guilherme Machado de Moura

– João Carlos Brecha

– Sérgio Rocha Cordeiro

– Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva

– Célia Serrano da Silva

– Gutemberg Reis de Oliveira

Relembre o caso

Segundo a PF, as inserções falsas teriam ocorrido entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante — no caso, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários.

Com isso, os investigados puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlar as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (do Brasil e dos Estados Unidos), que visavam impedir a propagação da doença.

A apuração revela que o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a sua pauta ideológica — no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”.

As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”, em tramitação no Supremo Tribunal Federal.

Fonte: Correio do Povo