Polícia indicia cinco pessoas por envolvimento na morte de enfermeira em Alegrete
A enfermeira desapareceu na noite de 19 de junho e corpo dela foi encontrado em 6 de julho
A 1° Delegacia da Polícia Civil de Alegrete concluiu o inquérito sobre a morte da enfermeira Priscila Ferreira Leonardi, de 40 anos. Cinco pessoas foram indiciadas pelos crimes de extorsão duplamente qualificada (restrição de liberdade e resultado de morte) e ocultação de cadáver.
A Polícia Civil atribuiu a Emerson da Silveira Leonardi, primo da vítima, a condição de mandante e autor intelectual do assassinato. O homem está preso desde 13 de julho por suspeita de envolvimento no caso.
Dos outros quatro indiciados, três foram presos a pedido da Polícia Civil. O quinto indivíduo responsabilizado está solto. Os nomes deles não foram divulgados, nem as datas das prisões, mas a polícia anunciou a conclusão do inquérito na noite desta terça-feira, 10/10. Conforme a investigação, todos os indiciados têm envolvimento com facção criminosa de Alegrete.
De acordo com a polícia, na noite do desaparecimento de Priscila, o primo teria contatado os demais indiciados para executar um plano que consistia em constranger a vítima para que ela transferisse valores de suas contas para os criminosos.
O mandante teria acionado, por meio de um apenado da Penitenciária Modulada de Uruguaiana, os comparsas para que buscassem a prima na casa dele, simulando uma corrida particular. Os executores pegaram Priscila, mas, durante a suposta corrida, sem conseguir que ela transferisse nenhuma quantia, teriam matado a enfermeira e ocultado o corpo.
Priscila morava desde 2019 em Dublin, na Irlanda, onde trabalhava como enfermeira em um lar de idosos. Ela regressou em 2023 a Alegrete, para resolver pendências do inventário do seu pai, falecido em maio de 2020.
A enfermeira desapareceu na noite de 19 de junho, após sair da residência que fazia parte da herança dela, mas era habitada pelo primo. Priscila tinha ido ao local para buscar pertences de valor sentimental. Ela embarcou, sozinha, em um veículo que supostamente havia sido chamado pelo primo para uma corrida particular, mas que era tripulado por um envolvido na trama.
O corpo dela foi encontrado em 6 de julho, em estado avançado de decomposição, preso a galhos à margem do Rio Ibirapuitã, em Alegrete. Havia sinais de espancamento e uma corda enrolada no pescoço da vítima. O exame de necropsia apontou asfixia como causa da morte. Ainda foi identificado traumatismo encefálico.
Fonte: GZH