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Polícia investiga pedido de delivery com frase racista: ‘mande um branco’

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Na nota que acompanhava a solicitação, estava escrito: “última vez veio um motoboy negro, peço a gentileza que mande um branco, não gosto de pessoas assim tocando a minha comida”

Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil de Campo Bom, na Região Metropolitana de Porto Alegre, investiga um pedido de delivery para uma pastelaria com uma observação de cunho racista. Na nota que acompanhava a solicitação, estava escrito: “última vez veio um motoboy negro, peço a gentileza que mande um branco, não gosto de pessoas assim tocando a minha comida”.

O pedido foi feito na terça-feira, 14/11. O restaurante fez o cancelamento e acionou a Polícia Civil. Segundo o delegado Rodrigo Câmara, responsável pela investigação do caso, o nome que assina o pedido não corresponde a nenhum morador do prédio indicado para a entrega.

O número que seria do apartamento não existe. A Polícia tenta descobrir quem é o real autor da frase. A equipe também investiga se houve pagamento e se é possível rastrear a origem. “Se a intenção foi ofender alguém especificamente, vai responder pelo crime de injúria racial. Por outro lado, se a intenção foi discriminar um grupo de pessoas em razão da cor da pele, então deve responder por um dos tipos penais de racismo”, explica o delegado.

Nenhuma hipótese é descartada, segundo o delegado, inclusive a de que o pedido possa ter se tratado de um trote. Mesmo se esse for o caso, o responsável pode sofrer punições. “Qualquer forma de discriminação ou preconceito baseado na cor da pele com objetivo de constranger, humilhar ou vergonhar esse grupo de pessoas é considerado crime”, diz o delegado.

Nota do Ifood

“O iFood repudia veementemente qualquer atitude racista, seja ela física ou verbal. Assim que tomamos conhecimento do caso ocorrido na cidade Campo Bom, identificamos que o cliente em questão criou uma conta no nosso app na data de 14/11/2023, realizando esse único pedido. Além disso, buscamos contato com os donos do restaurante para prestar o apoio necessário. Já estamos tomando as providências para o bloqueio do cliente e seguimos à disposição das autoridades para quaisquer informações necessárias. É importante ressaltar que esse tipo de comportamento fere totalmente os termos de uso da plataforma e que não toleramos nenhum tipo de descriminação.

Toda vez que um entregador ou restaurante parceiro identifica um pedido com dados errados ou comportamentos discriminatórios, a orientação é informar diretamente a plataforma sobre o ocorrido, para que possamos tomar as providências imediatamente.

Nesses casos, de violências física e verbais, os entregadores parceiros do iFood contam com o suporte da Central de Apoio Jurídico e Psicológico, serviço em parceria com a organização global de advogadas negras, Black Sisters In Law, que disponibiliza uma advogada para acompanhar o caso de maneira personalizada e humanizada. Para ter acesso, os profissionais precisam acessar a área de Alerta de Casos Graves, dentro do app iFood para Entregadores, e realizar a denúncia com todas as informações do caso”.

Fonte: g1 RS

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