Polícia Penal recolhe 391 celulares em cadeias gaúchas
As ações integraram a segunda fase da Operação Mute, coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais e desenvolvida em todo o país
Nos dias 12, 14 e 15 de dezembro, a Polícia Penal desencadeou operações em três unidades prisionais do Estado, que resultaram na apreensão de 391 celulares. As ações integraram a segunda fase da Operação Mute, coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) e desenvolvida em todas as regiões do país, para retirar celulares dos estabelecimentos prisionais, como forma de combater a comunicação ilícita do crime organizado e reduzir os índices de criminalidade em âmbito nacional.
Ao todo, 444 celas foram revistadas, totalizando 2.626 mil apenados. As ações foram realizadas, na sexta-feira, 15/12, na Penitenciária Modulada Estadual de Osório. Na quinta-feira, 14/12, a operação ocorreu na Penitenciária Estadual de Venâncio Aires, e, na terça-feira, 12/12, na Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas.
Nesta fase da Operação Mute, foram mobilizados cerca de 440 servidores, que fazem parte do Grupo de Ações Especiais e dos Grupos de Intervenção Rápida da 1ª, 7ª, 8ª e 9ª Regiões Penitenciárias, além de operadores com cães e equipes das unidades. As operações contaram também com o apoio da Brigada Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros Militar, da Polícia Rodoviária Federal e dos Bombeiros Voluntários de Charqueadas.
A coordenação foi feita pelo Departamento de Inteligência e Operações Estratégicas da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS) e pelo Departamento de Segurança e Execução Penal da Polícia Penal, com participação do Departamento de Inteligência da instituição.
O titular da SSPS, Luiz Henrique Viana, ressaltou a importância das revistas e da integração entre as forças de segurança do país. “A Operação Mute é um exemplo de trabalho em conjunto em prol de mais segurança para a sociedade. É mais uma iniciativa realizada com êxito, a fim de diminuir os índices de criminalidade.”
Esta é a maior operação realizada pela Senappen no contexto de combate ao crime organizado, devido ao número de estados participantes e à quantidade de policiais penais federais e estaduais envolvidos e de unidades prisionais revistadas.
Para o superintendente dos Serviços Penitenciários, Mateus Schwartz, “a operação evidência o trabalho qualificado que é realizado pela Polícia Penal gaúcha dentro do sistema prisional brasileiro e potencializa a atuação organizada de forma integrada entre as polícias penais de todo o país na aplicação de procedimentos e revistas para combater as organizações criminosas.”
A primeira fase ocorreu no período de 16 a 27 de outubro deste ano e resultou na apreensão, em todo o país, de 1.166 aparelhos celulares. As operações ocorreram em 68 unidades prisionais, de 26 estados. Ao todo, 55.919 pessoas privadas de liberdade foram revistadas.