Policiais de Bento atuarão na Copa

O 3º Bpat enviará 15 policiais do Pelotão de Operações Especiais de Bento Gonçalves (POE) para Porto Alegre. Eles auxiliarão no policiamento da capital durante a Copa do Mundo, que acontece de 12 de junho a 13 de julho. O pelotão será deslocado ainda no mês de maio e permanecerá na região metropolitana pelo menos até o início de agosto.

Segundo o comandante, major José Paulo Marinho, nesse período não serão concedidas férias aos policiais e o Estado autorizou o incremento de horas-extras. “Não haverá perda no efetivo de Bento Gonçalves. Serão 15 homens enviados, mas em contrapartida teremos um incremento de 13% no número de homens, pois todas as férias foram canceladas e teremos a possibilidade de deixar mais policiais nas ruas com possibilidade de inclusão de horas-extras”, explica.

Ainda segundo Marinho, toda a região de abrangência do 3º Bpat estará reforçada durante a Copa. “Nós faremos um trabalho especial de patrulhamento ostensivo em Bento e em pontos onde houver necessidade de policiamento. As áreas onde se concentram hotéis e pontos turísticos ganharão reforço devido ao aumento que teremos na circulação de pessoas”, complementa.

A precaução se deve à expectativa do grande número de turistas estrangeiros que virão a Porto Alegre e são potenciais visitantes da região serrana, principalmente Bento Gonçalves, por sua vocação vinícola. “Deixamos claro que o policiamento não será afetado no município, ele deverá ser feito de forma exemplar”, conclui Marinho.

A transferência temporária de policiais de cidades do interior para a capital desagradou a diretoria da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), que solicitará nos próximos dias ao governador Tarso Genro a suspensão da medida. A proposta foi decidida na última quarta-feira, dia 23, durante reunião de prefeitos, na sede da entidade. A Federação entende que a cedência de oficias no mês do evento fragiliza a segurança nas cidades do interior. Conforme o presidente da Famurs, Valdir Andres, a solução é convocar a Força Nacional para o reforço do policiamento. Segundo ele, essa foi a solução adotada por outros Estados, como São Paulo e Rio de Janeiro. “Essa é uma situação grave e os prefeitos estão inconformados com a decisão do governo estadual. Nossa proposta é justa e visa garantir a segurança das comunidades dos municípios do interior, que já é muito delicada”, alerta. Para o superintendente técnico da Federação, Mário Ribas do Nascimento, a transferência irá agravar uma condição de segurança que já é delicada. “Nos últimos 30 anos, aumentou a população, o número de municípios e a quantidade de municípios com bancos. Mas, nesse período, o número de policiais militares caiu de 29 mil para 23 mil”, analisa.

 
Reportagem: Jonathan Zanotto


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