Policial morto em Novo Hamburgo tinha filho de 45 dias

O soldado Everton Raniere Kirsch Junior, que fazia parte da Brigada Militar desde 2018, deixa um filho de 45 dias e a esposa

O soldado da Brigada Militar, Everton Raniere Kirsch Junior, de 31 anos, foi morto durante o tiroteio em Novo Hamburgo.
O soldado da Brigada Militar, Everton Raniere Kirsch Junior, de 31 anos, foi morto durante o tiroteio em Novo Hamburgo. Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Morreu na madrugada desta quarta-feira, 23 de outubro, o soldado da Brigada Militar Everton Raniere Kirsch Junior, de 31 anos, baleado durante o tiroteio na rua Adolfo Jaeger, bairro Ouro Branco, em Novo Hamburgo. Na última atualização, quatro pessoas morreram, incluindo o atirador, e nove ficaram feridas.

O soldado Everton Kirsch Junior foi levado ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo, mas não resistiu aos ferimentos. Everton Raniere Kirsch Junior, que fazia parte da Brigada Militar desde 2018, deixa um filho de 45 dias e a esposa.

Segundo o portal Dudu News, o sogro de Everton Raniere Kirsch Junior, Régis Vital, afirmou que o policial planejava tirar férias após sua licença-paternidade de 30 dias. No entanto, ele precisou voltar ao trabalho e adiou o recesso para novembro.

“O sonho dele era vir trabalhar em Novo Hamburgo, perto da família”, comentou o sogro.

Os familiares do soldado foram ao hospital, enquanto a esposa ficou em casa com o recém-nascido. Everton Kirsch Junior era filho único. Seu pai, que carrega o mesmo nome, lamentou com profunda tristeza: “Ele sempre foi um filho que nos deu orgulho. Pela primeira vez, não sei o que fazer”. A mãe do soldado, Nadir Kirsch, permaneceu em estado de choque, sem acreditar no ocorrido.

O governador Eduardo Leite lamentou a morte do policial, destacando sua dedicação e coragem:

“O soldado Everton, com apenas 31 anos, deu sua vida para proteger a sociedade gaúcha. Ele era esposo, pai de um bebê de 45 dias e, acima de tudo, um herói. Que sua coragem e dedicação nunca sejam esquecidas. Meus sentimentos à família e desejo de rápida recuperação aos feridos”, escreveu.

O tiroteio

A polícia foi até a residência por volta das 23h da terça-feira, 22 de outubro, após receber denúncias de que o criminoso, Edson Fernando Crippa, de 45 anos, estaria mantendo os pais em cárcere privado. Ao avistar os agentes, o criminoso disparou contra eles e contra seus familiares. Dois drones da polícia também foram derrubados durante a ação.

Mortes

As vítimas fatais foram identificadas como Eugênio Crippa, de 74 anos, pai do atirador; Everton Crippa, de 49 anos, irmão; e o soldado Everton Raniere Kirsch Junior, de 31 anos. O atirador, o caminhoneiro Edson Fernando Crippa, de 45 anos, foi encontrado morto na residência na manhã desta quarta-feira, após mais de nove horas de tentativas de negociações.

Quem são os feridos

Nove pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo:
Cleris Crippa, 70 anos, mãe do atirador – estado grave após ser baleada três vezes.
Priscilla Martins, 41 anos, cunhada – estado grave após ser baleada uma vez.
Rodrigo Weber Voltz, 31 anos, PM – em cirurgia após ser baleado três vezes.
João Paulo Farias Oliveira, 26 anos, PM – em cirurgia após ser baleado uma vez.
Joseane Muller, 38 anos, PM – estado estável após ser baleada uma vez.
Eduardo de Brida Geiger, 32 anos, PM – liberado do hospital após ser baleado de raspão.
Leonardo Valadão Alves, 26 anos, PM – liberado do hospital após ser baleado de raspão.
Felipe Costa Santos Rocha, PM – liberado após ser baleado de raspão.
Volmir de Souza – aguarda cirurgia após ser baleado uma vez.

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