Policiamento Comunitário: definidos os núcleos

Pouco mais de um mês após o anúncio que de Bento Gonçalves teria Policiamento Comunitário, um estudo técnico, realizado pela Brigada Militar, definiu os bairros onde serão instalados os núcleos da corporação, que abrangerão mais de 40 mil moradores. O projeto deve começar a funcionar em agosto. 

A definição dos locais para instalação foi realizada após estudo de dados da Seção de Inteligência do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º Bpat), que apontaram, através dos registros de ocorrência, os locais com os maiores índices de delitos de pequeno porte. “A proposta do policiamento comunitário é minimizar delitos como furto e roubo nos bairros. Esse é um projeto que terá continuidade. Nesse primeiro momento, serão 14 bairros atendidos e posteriormente, após a formação da nova turma de soldados da Brigada Militar, outros bairros poderão ser contemplados”, destaca o comandante do 3º Bpat, capitão Flávio Alberto Martins. Na escolha dos locais foram analisados ainda critérios como a extensão territorial, dados populacionais e comerciais, quantidade de feiras e eventos e o fluxo turístico.

Cada núcleo será composto por três policiais, que trabalharão em dois turnos. Todo o equipamento, como viatura, armamento e coletes, será adquirido pela secretaria estadual de Segurança Pública (SSP). “Estamos na fase de gestão, preparando o efetivo, que atualmente possui 52 voluntários para participar do projeto. Será analisado o perfil de cada profissional e os que possuem maior afinidade com a comunidade para atuar”, explica o gestor operacional do programa, tenente Clóvis Couto Lavarda. Serão selecionados, ao todo, 18 policiais, três em cada núcleo.

O projeto conta com o apoio do governo do Estado, Brigada Militar e prefeitura de Bento Gonçalves, que será responsável pelo fornecimento de auxílio-aluguel aos policiais que farão parte do policiamento.


Núcleos e características

*São Roque/Universitário (8.950 moradores): têm grande quantidade de moradias, além de diversas empresas e duas universidades. São o principal acesso Norte da cidade;

*Progresso/Humaitá/Maria Goretti (9.375 moradores): são bairros predominantemente residenciais, têm comércio estruturado, com grande quantidade de pequenos e médios estabelecimentos, e grande circulação de veículos;

*Cidade Alta/Juventude (5.550 moradores): são bairros residenciais e comerciais que formam a segunda maior área territorial do município. Têm intensa visitação turística, concentração de agências bancárias, lotéricas e casas noturnas, além de ser o principal acesso à cidade;

*São Francisco/Licorsul (7.430 moradores): são áreas residenciais, com grandes indústrias e  comércio em expansão. Possuem salões comunitários e clubes sociais com diversas atividades;

*São Bento/Planalto/Fenavinho (3.770 moradores): bairros residenciais e comerciais que apresentam a maior concentração de restaurantes, pizzarias e hotéis da cidade, além de sediarem diversos órgãos públicos, Ginásio Municipal de Esportes e Parque de Eventos da Fundaparque;

*Botafogo/Santa Rita (5.210 moradores): bairros predominantemente residenciais, com diversas empresas de grande porte, comércio em expansão e implantação de agências bancárias. No bairro Botafogo funciona o Pronto Atendimento 24 horas.

Local

Bento Gonçalves terá pela primeira vez no Estado, um núcleo de Policiamento Comunitário composto por policiais civis. O local onde eles irão atuar ainda não foi definido. Nas próximas semanas o coordenador do projeto no Estado, coronel Júlio César Marobin, deverá estar na cidade para anunciar onde será instalado.

Importância do BO

Na edição 355, que circulou no dia 20 de abril, o SERRANOSSA veiculou matéria explicando a importância do registro de um Boletim de Ocorrência (B.O.) e como a medida auxilia para estabelecer ações de combate à criminalidade. “É importante para que a Brigada Militar possa planejar o policiamento, utilizando os meios materiais e pessoais. Somente com o registro é que podemos identificar que tipo de crime vem acontecendo e qual a melhor estratégia para combatê-lo. A falta de registro prejudica a segurança pública”, enfatizou, na reportagem, o capitão Evandro José Flores, comandante da 1ª Companhia do 3º Bpat.

 

Reportagem: Katiane Cardoso

 

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