Policiamento Comunitário depende de viaturas

Todas as etapas necessárias para a implantação do Policiamento Comunitário em Bento Gonçalves já foram concluídas. O início dos trabalhos, previsto para o mês de setembro, não aconteceu em virtude da demora na chegada de sete novas viaturas. Conforme o coronel Júlio César Marobin, coordenador do programa no Estado, a empresa que ganhou a licitação está cumprindo o prazo, mas ainda não tem uma data definida para entregar as viaturas.

Ele explica que a demora se dá em virtude da caracterização dos automóveis. “Por ser necessário fazer terceirizações para colocar os demais equipamentos como rádio e giroflex, o prazo inicialmente estipulado pode se estender um pouco, o que é normal”, afirma. Foram adquiridos sete automóveis Ford/Fiesta 1.6, dos quais seis serão empregados nos núcleos da Brigada Militar e um, destinado aos trabalhos da Polícia Civil. 

As armas, pistolas .40, coletes à prova de balas e demais equipamentos já estão na sede do Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º Bpat). “O projeto em Bento está pronto, estamos apenas aguardando a chegada das viaturas e o lançamento. Para a comunidade, é um retorno imensurável, já que haverá mais segurança, além da integração com os policiais que atuarão nos bairros”, destaca o gestor operacional do programa em Bento, tenente Clóvis Couto Lavarda. 

Núcleos

A definição dos locais para instalação foi realizada após estudo de dados da Seção de Inteligência do 3º Bpat, ainda no mês de maio. A escolha foi feita através dos registros de ocorrência, analisando quais locais possuíam os maiores índices de delitos de pequeno porte, como furtos e roubos, além de observados critérios como a extensão territorial, dados populacionais e comerciais, quantidade de feiras e eventos e o fluxo turístico. 

Cada núcleo será composto por três policiais, que trabalharão em dois turnos. “Em caso de urgência e emergência, a comunidade deve continuar ligando para o número 190. Sobre ocorrências de furto ou roubo, os policiais podem ser informados durante o patrulhamento que realizam pelo bairro”, explica Lavarda. 

O município ainda será o primeiro do Estado a ter um núcleo da Polícia Civil. Serão oito agentes, que trabalharão com foco na prevenção da reincidência de crimes, especialmente os relacionados à violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Os agentes atuarão nos bairros Municipal, Conceição, Santa Helena e Aparecida. Os locais foram escolhidos com base nos dados dos registros feitos na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). 

Diferentemente da Brigada Militar, os policiais civis que farão parte do policiamento comunitário não irão morar nos bairros. Eles trabalharão em períodos de folga e durante o final de semana. Serão dois policiais de cada delegacia, inclusive dois profissionais da Delegacia da Mulher, que deve ser inaugurada até o final do ano. Os servidores que participarão do projeto receberão auxílio de R$ 602,49, equivalente a sete Unidades de Referência Municipal (URM). 

Bairros que terão núcleos

O Policiamento Comunitário terá núcleos nos seguintes locais: São Roque/Universitário (8.950 moradores), Progresso/Humaitá/Maria Goretti (9.375), Cidade Alta/Juventude (5.550), São Francisco/Licorsul (7.430), São Bento/Planalto/Fenavinho (3.770) e Botafogo/Santa Rita (5.210)

Reportagem: Katiane Cardoso

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