Policiamento comunitário não deve ser afetado
Foi com tom animado que o coordenador do projeto de Policiamento Comunitário do Estado, coronel Júlio César Marobin, afirmou que o programa não será afetado pela crise na secretaria municipal de Finanças. O anúncio ocorreu após reunião com a secretária de Governo, Eliana Passarin, e com a atual secretária interina de Finanças e procuradora-geral do município, Simone Azevedo Dias, ocorrida na manhã da última terça-feira, dia 30. A implantação depende somente da entrega das viaturas, ainda sem data definida, mas deve acontecer até o final deste ano.
Com um projeto inovador, Bento Gonçalves será o primeiro município do Estado a receber, além de núcleos da Brigada Militar, um da Polícia Civil. O anúncio da parceria firmada entre o Poder Público e o governo do Estado foi realizado ainda em março deste ano. A possibilidade de prorrogação ou até mesmo cancelamento do projeto surgiu após anúncio de que as verbas do Conselho Municipal de Segurança Comunitária (Consecom) haviam sido congeladas, o que afetaria o pagamento de auxílio-aluguel aos policiais, mas essa hipótese foi descartada após a reunião desta semana. “Nenhuma etapa foi alterada em função do problema que está acontecendo na cidade. O programa segue o ritmo normal e corre em paralelo. Como não foi implantado, não há dinheiro empregado. Estamos dentro do prazo e o projeto deve iniciar até o final do ano. Temos a confirmação de que, assim que entrar em funcionamento, o dinheiro será destinado aos servidores que integram o Policiamento Comunitário”, relata. Segundo ele, o início só depende da entrega das sete viaturas, seis para a Brigada Militar e uma ao núcleo da Polícia Civil. Serão veículos Ford/Fiesta 1.6. “O prazo máximo é até dia 31 de dezembro. Se não forem entregues, a empresa ganhadora será penalizada. Mas estamos confiantes que dará tudo certo”, enfatiza.
ReforçoOs benefícios do projeto, conforme Marobin, vão além da implantação dos núcleos. “É como se a Brigada Militar estivesse renovando a sua frota, ao receber seis viaturas zero quilômetro. Esses veículos, além de novo armamento e coletes de proteção, poderão ser utilizados tanto no policiamento quanto em ocorrências que necessitarem de um aporte maior. Quem ganha com isso é a comunidade”, destaca. O custo total para implantação do programa será de R$ 350 mil, custeados pelo governo do Estado. A contrapartida da prefeitura se dará através do pagamento do auxílio-aluguel aos servidores, que receberão mensalmente R$ 602,49, equivalente a sete Unidades de Referência Municipal (URM).
EquipamentosAlém dos equipamentos que já foram adquiridos e entregues, como rádios, coletes e armas, cada servidor também terá uma bicicleta. “Em dias propícios para o uso de bicicletas, eles poderão utilizar desse utensílio, como também terão à disposição de cada núcleo uma viatura”, conta. Os equipamentos ainda não foram entregues, porque, conforme o coronel, a empresa ganhadora da licitação forneceu o produto diferente do solicitado e um novo processo será realizado.Outra novidade é que o programa pode ser ampliado na cidade. “Quando conversamos sobre o assunto, chegamos a pensar em 25 núcleos no município, abrangendo também o interior. Nosso objetivo é ampliar os atuais sete núcleos que serão implantados”, destaca.A definição dos locais já foi feita pela Brigada Militar e pela Polícia Civil com base nos boletins de ocorrências registrados. Os treinamentos já foram ministrados e os servidores aguardam apenas o início do projeto.
Reportagem: Katiane Cardoso
É proibida a reprodução, total ou parcial, do texto e de todo o conteúdo sem autorização expressa do Grupo SERRANOSSA.
Siga o SERRANOSSA!
Twitter: @SERRANOSSA
Facebook: Grupo SERRANOSSA
O SERRANOSSA não se responsabiliza pelas opiniões expressadas nos comentários publicados no portal.