A reconstrução terá um custo de R$ 4.578.660,55 e será paga com verba da Defesa Civil Nacional
A nova ponte de Cotiporã, no Rio das Antas, na divisa com Bento Gonçalves pela ERS-431, já começou a ser construída. Parte da estrutura foi levada no dia 14 de maio após a grande cheia do rio durante o período de fortes chuvas. Cerca de 86 metros foram destruídos pelo rio.
No dia 03 de agosto, máquinas iniciaram o processo de terraplanagem nas margens da ponte. Também foi realizada a demolição dos vãos que não haviam sido levados pelas águas, mas estavam comprometidos.
Recursos
Uma força-tarefa entre Bento, Cotiporã e Veranópolis foi buscar recursos para a reconstrução da ponte, importante para as cidades e para a economia local. Os recursos foram pleiteados por meio da Defesa Civil Nacional, que deu sinal verde para a reconstrução. No dia 12 de julho, foi assinada a ordem de início da obra de reconstrução da ponte.
A reconstrução terá um custo de R$ 4.578.660,55 e será paga com verba da Defesa Civil Nacional. A previsão é que o acesso entre as cidades seja restabelecido em até 120 dias, considerando condições favoráveis do clima.
Segundo informações colhidas pelo SERRANOSSA, a estrutura da nova ponte será mista, ou seja, com metal e concreto, e será construída em cima dos pilares da ponte velha, com 5,5 metros de largura por 135 metros de comprimento. A ponte poderá suportar até 45 toneladas.
A reconstrução da ponte do Rio das Antas é a primeira a integrar o Programa de Aceleração de Pontes do Sul. A iniciativa também será a responsável pela construção de uma nova ponte entre Cotiporã e Dois Lajeados.
Ponte na Feliz
O governador Eduardo Leite (PSDB) assinou, na quarta-feira, 07/08, no Palácio Piratini, a ordem de início para a construção de uma nova ponte na VRS-843, na Feliz, no Vale do Caí. A estrutura anterior foi levada pelas enchentes de maio. A nova ponte terá 120 metros e deve ser concluída no segundo semestre de 2025. Os recursos são oriundos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e totalizam R$ 11,7 milhões.
A ponte faz parte da lista das 30 obras prioritárias do Plano Rio Grande, um programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática do Estado que visa planejar, coordenar e executar ações para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica. Outras sete pontes estaduais de responsabilidade do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) integram a lista.
Recursos próprios para pontes na Serra Gaúcha
Empresários e moradores da Serra Gaúcha se organizaram para retomar a construção de pontes provisórias na BR-116. A campanha ‘ReConstruindo Conexões’ busca arrecadar R$ 1,2 milhão para erguer duas pontes provisórias: uma entre os municípios de Caxias do Sul e Nova Petrópolis, ligando Vila Cristina a São José do Caí, e outra na cidade de Feliz.
O grupo começou a se organizar após o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) cancelar a instalação de ponte metálica móvel que estava sendo construída pelo Exército Brasileiro. A autarquia argumentou que a segurança do local não era garantida, visto que durante dias de chuva, parte do aterro de pedras construído para receber a estrutura foi destruído.
Segundo os entusiastas da campanha, o objetivo é abrir um corredor humanitário que atenda as demandas da saúde, educação, indústria, comércio e do turismo. A campanha propõe implantar, entre Caxias e Nova Petrópolis, uma ponte baixa por meio da colocação de galerias. Na Feliz, por sua vez, a travessia será composta de contêineres. O prazo de entrega estimado pela campanha é a primeira semana do mês de setembro.
No último dia 02 de agosto, as prefeituras de Caxias do Sul e Nova Petrópolis encaminharam ao DNIT ofícios solicitando autorização para uso dos aterros em rocha depositados às margens do Rio Caí que sustentariam a estrutura de uma travessia metálica entre os dois municípios. Nesta sexta, 09/08, devem iniciar as obras entre Caxias e Nova Petrópolis.
Ponte definitiva
A construção da nova estrutura entre Caxias e Nova Petrópolis custará R$ 31 milhões e será mais “resiliente”, segundo o Ministério dos Transportes. De acordo com o projeto, a ponte terá 180 metros de comprimento e 13 metros de largura, sendo mais alta e mais larga que a antiga estrutura. A nova ponte deve ser entregue até fevereiro de 2025. Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, ao assinar a ordem de serviço de construção, a obra pode ser finalizada em seis meses (dezembro), se tornando um “marco da reconstrução” do Rio Grande do Sul.