Por que Bolsonaro avança para ser o novo presidente do Brasil

Só há uma forma – dentro da normalidade – de impedir que Bolsonaro seja eleito presidente: a pauta da violência precisa ser substituída. Convenhamos que isso não irá ocorrer. Afinal, como seria possível fazer o cidadão de bem deixar de ter medo do descontrole que tomou conta do país?

Vejam bem, durante décadas, temas como o da educação, saúde e economia regeram os discursos políticos e motivaram o povo a escolher seus candidatos. Em 2018, porém, as pessoas se viram presas a uma cruel realidade: de nada adianta uma escola de qualidade se eu não tiver a sensação de que meu filho conseguirá regressar para casa. De nada adianta ótimos hospitais se formos alvejados por disparos de metralhadora. De que adianta a economia ir bem e termos nossos empregos se em qualquer esquina um marginal pode surgir.

A violência é a pedra no sapato de todos os brasileiros, e se o vilão se veste de bandido armado quem se torna o super-herói da história? Engraçado pensar como criamos nossos próprios monstros. O monstro da esquerda brasileira atende pelo nome de Jair Bolsonaro.  Qual o principal tema tratado por este? Violência. De onde emergiu essa absurda violência? Da realidade governamental das últimas décadas. Décadas nas quais vimos o trabalhador sofrer na mão de bandidos; décadas nas quais vimos o Judiciário soltando estupradores e assassinos. Décadas nas quais os Direitos Humanos se focaram em defender um único lado: o lado dos marginais.

Estamos todos loucos, loucos de medo, loucos por termos acompanhado a liberdade nos ser tirada e dada àqueles que vivem às margens da lei. E não importa mais onde nasce o delinquente, o morro que este habite, não importa se sua comunidade carente tem escolas medíocres, professores medíocres e um ensino medíocre. A população não consegue analisar círculos viciosos, distinguir causas de consequências. Porque a bala que mata o pai de família fala mais alto do que o discurso da educação. Porque as famílias que perdem entes queridos não querem saber os motivos que fazem um assassino se tornar assassino.

  • Vinícola Garibaldi
  • Ótica Debianchi

As grandes mídias estão perdidas, elas não parecem ter uma clara noção do que vem acontecendo e o motivo parece simples: perderam o poder das pautas. Vou dar um exemplo. Se juntarmos todas as redes de comunicação de Bento Gonçalves, rádios, jornais, publicações on-line, se juntarmos absolutamente tudo dessas mídias, elas não alcançam em um mês o público que alguns garotos de 18 anos alcançam em 1 hora. Isso mesmo. O impacto de jovens influenciadores digitais bate a casa dos milhões de acessos. São essas pessoas, suas realidades, suas palavras não polidas que hoje repercutem e influenciam pessoas.

  • Vinícola Garibaldi

Enquanto as poderosas organizações midiáticas nos empurram goela abaixo coisas como Pablo Vittar e Big Brother, esses jovens em seus celulares atingem um público muito maior. Um público cansado das mentiras que programas de TV sempre contaram e que nos levaram ao cenário atual.

A onda conservadora se ergueu por um motivo simples: à medida que a agenda da esquerda avançou, o Brasil se transformou em um mar sem leis. A liberdade que após o século 17 passou a preceder a própria vida não suporta nada que pareça restringi-la, tudo que a ameaça precisa ser erradicado. Hoje, aparentemente, o que não permite as pessoas serem livres se denomina violência. 

Então, a quem quiser evitar Bolsonaro e o conservadorismo cabe essa indigna missão: fazer mais de 200 milhões de pessoas se sentirem seguras.

 

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