Prefeito de Bagé e Luciano Hang vão a julgamento após acusação de abuso de poder econômico

Caso sejam condenados, os políticos podem ter seus mandatos cassados, o que exigiria a realização de novas eleições em Bagé

Foto: Rodrigo Sarasol e Câmara dos Deputados

Está marcado para às 14h desta terça-feira, 07/11, o julgamento do prefeito de Bagé, Divaldo Vieira Lara, do vice-prefeito, Mario Mena Kalil, e do empresário Luciano Hang, proprietário das lojas Havan.

O prefeito e o vice-prefeito são acusados de abuso de poder político. O prefeito também enfrenta a acusação de abuso de poder econômico, crime pelo qual Luciano Hang também responde.

Caso sejam condenados, os políticos podem ter seus mandatos cassados, o que exigiria a realização de novas eleições em Bagé. Hang pode ficar inelegível por oito anos. O mesmo pode acontecer com Divaldo Lara.

A decisão não seria definitiva, no entanto, ainda seria possível recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar revertê-la.

Entenda o caso

Conforme o Ministério Público Eleitoral (MPE), em uma live realizada por Divaldo Lara na reta final da campanha eleitoral de 2020, o então candidato à reeleição ao cargo de prefeito de Bagé apareceu junto de Luciano Hang durante uma agenda oficial – e o empresário demonstrou apoio ao político.

O MPE sustenta que Hang foi a Bagé tratar com o Poder Público sobre seus negócios, ou seja, para uma agenda entre prefeito e possível investidor. Por isso, o MPE entende que houve abuso da função pública por parte do prefeito e do seu vice, bem como uso abusivo da posição de investidor por parte do empresário, “que transformaram uma reunião que seria lícita e salutar em um instrumento de intervenção na normalidade do pleito”.