Prefeito de cidade do Maranhão é acusado de sedar e realizar aborto sem consentimento da vítima em motel

Justiça de Tocantins acatou a denúncia do Ministério Público e o homem se tornou réu

Foto: Rede Sociais/Divulgação

O atual prefeito de Carolina, município do Maranhão, um médico, está sendo acusado na Justiça de praticar um aborto ilegal, sem o consentimento da vítima, com quem ele mantinha um relacionamento.

A mulher, Rafaela Maria dos Santos, tinha um caso extraconjugal com o atual prefeito do Carolina, o médico Erivelton Teixeira, acusado de realizar o procedimento. Seis anos depois do caso, a Justiça de Tocantins acatou a denúncia do Ministério Público e o homem se tornou réu.

De acordo com a investigação, o caso aconteceu dentro de um motel, sem condições de higiene adequadas para o procedimento, em 2017. O crime teria acontecido no primeiro encontro do casal após a descoberta da gravidez.

Por ser médico e também prestar atendimentos na região, o prefeito estava com um aparelho de ultrassom portátil na ocasião. O combinado entre o casal era de que ele examinaria Rafaela no quarto de motel. No entanto, o exame foi uma desculpa para atraí-la para a situação.

De acordo com o Ministério Público do Tocantins, o que aconteceu no quarto foi um aborto sem o consentimento da gestante, que levou nove meses para registrar um boletim de ocorrência. Conforme o documento, Rafaela foi sedada por Erivelton, por duas vezes, com a desculpa de que faria também um exame de sangue.

A vítima teria se relacionado com o prefeito entre 2010 e 2013, quando terminou o relacionamento por descobrir que ele era casado. Depois do fim de um casamento, a mulher voltou a se relacionar com Erivelton em 2016 e ficou grávida alguns meses depois.

Nem o Conselho Regional de Medicina do Maranhão nem o do Tocantins têm registro de Erivelton Teixeira como obstetra.