Prefeito e vice de Muliterno são cassados por esquema de compra de votos

Os políticos ainda terão que pagar uma multa de R$ 24,7 mil e estão inelegíveis pelos próximos oito anos

Foto: Redes Sociais/Divulgação

Uma sentença da 28ª Zona Eleitoral de Lagoa Vermelha cassou os diplomas do prefeito Adair Barilli e do vice-prefeito Flávio Pitton, de Muliterno, município do Norte do Rio Grande do Sul. Os dois devem se afastar dos cargos.

Além disso, conforme a decisão da juíza eleitoral Lilian Raquel Bozza, emitida na tarde de terça-feira, 19/09, os políticos ainda terão que pagar uma multa de R$ 24,7 mil e estão inelegíveis pelos próximos oito anos. A decisão cabe recurso.

De acordo com a sentença, o prefeito Adair Barilli teria discursado sobre a prática delituosa dias antes da eleição e afirmou que forneceu “filmadoras escondidas” para os eleitores confirmarem o voto. Além disso, ele também havia prometido pagamento de churrasco para indígenas da reserva local e transporte aos eleitores.

A sentença também revela que os candidatos gastaram cerca de R$ 3 milhões na campanha eleitoral. O processo mostra evidências de que houve uma “conta paralela” específica para a compra de votos.

Na eleição de 2020, Barilli e Pitton formaram a coligação “Com a União a Gente Faz”, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Partido Progressistas (PP) e Movimento Democrático Brasileiro (MDB). 

O autor da ação de investigação judicial das eleições de 2020 no município é Fernando dos Santos, do Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Muliterno, que perdeu o pleito por três votos.