Prefeitura afirma que não pode intervir em melhorias em rua de acesso à APAE
A situação caótica da rua de acesso à nova sede da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), localizada no bairro Imigrante, tem causado uma série de transtornos às famílias que utilizam os serviços da entidade. A via, ainda de estrada de chão, prejudica o acesso de transporte público e o acesso a pé, principalmente para as pessoas com deficiências motoras.
Conforme o presidente da APAE, Paulo Ranzi, a associação já esteve reunida em diversas ocasiões com o Poder Público, a fim de encontrar soluções para a via. Entretanto, a prefeitura afirma que esbarra no fato de que a estrada ainda é uma propriedade particular. “Como ainda é particular, o município não pode realizar calçamento”, afirma a diretora adjunta do IPURB, Melissa Bortoletti. A estrada, denominada Domênico Marini, vem sendo utilizada há mais de 30 anos pelos moradores do local, mas ainda não foi consolidada como via pública. “Apenas a frente da APAE é uma área pública, consolidada após a conclusão do empreendimento”, complementa.
O SERRANOSSA questionou o IPURB sobre a possibilidade de articular a pavimentação com o proprietário da via ou pensar em outra solução, como abertura de um novo acesso, mas ainda não obteve retorno.
Situação do transporte público
Outra queixa sobre a nova estrutura diz respeito à falta de transporte público. Até o momento, conforme informações da própria APAE, os ônibus deixam os passageiros uma quadra antes da entrada da associação, sendo necessário fazer o restante do trajeto a pé. “Para os estudantes da APAE nós temos convênio com a prefeitura para transporte gratuito, mas as aulas seguem suspensas. As famílias que estão reclamando são aquelas dos atendimentos do centro clínico, as quais não contam com transporte”, explica o presidente Paulo Ranzi.
Mensalmente, cerca de 200 pessoas com necessidades especiais são atendidas no centro clínico da APAE. Conforme Ranzi, a associação está tentando articular com a empresa Santo Antônio para disponibilizar mais horários para transporte até a nova sede. “Hoje são poucos horários. Às vezes as pessoas têm que ficar esperando até três horas o próximo horário”, relata.
Quanto ao retorno às aulas presenciais, o presidente afirma que a APAE aguarda a vacinação completa dos estudantes, com primeira e segunda dose, para garantir a segurança de todos.
Fotos: arquivo pessoal