Dentro de duas semanas, a prefeitura deverá apresentar para os associados da Gota D’água uma proposta de atendimento para as pessoas com transtorno do espectro autista no município. Representantes do Poder Público estiveram reunidos nesta semana discutindo alternativas. “Os autistas exigem um atendimento específico. Levantamos algumas propostas com pessoas especializadas no atendimento e também de acordo com experiências de outros municípios”, afirma a secretária de Habitação e Assistência Social, Rosali Faccio Fornazier.
Nos próximos dias, a prefeitura fará um estudo da viabilidade das propostas e depois discutirá com os associados da entidade. A Gota D’água está com as portas fechadas desde junho deste ano. Neste ano os atendimentos foram prestados de janeiro a maio, sem repasses públicos, custeados pela própria associação. O caso vem sendo acompanhado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) e pelo Ministério Público (MP). Para que volte a receber repasses, a entidade precisa de um reordenamento e também deve resolver algumas pendências legais.
O transtorno do espectro autista é uma condição geral para um grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro. Esses distúrbios se caracterizam pela dificuldade na comunicação social e comportamentos repetitivos, em intensidades diferentes. Essas diferenças podem existir desde o nascimento e serem óbvias para todos, ou podem ser mais sutis e tornarem-se mais visíveis ao longo do desenvolvimento. O autismo pode ser associado com deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção e, às vezes, o portador pode ter dificuldades de aprendizagem em diversos estágios da vida.
Reportagem: Carina Furlanetto
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