Prefeitura começa a colocar contas públicas em dia

A promessa da prefeitura é que aos poucos as dívidas com os fornecedores comecem a ser quitadas. Na última sexta-feira, dia 7, a Câmara de Vereadores aprovou dois projetos que previam suplementação orçamentária. A medida era considerada pela administração municipal como vital para conseguir honrar os pagamentos, não só dos fornecedores, mas também dos salários dos servidores e da segunda parcela do 13º. A explicação é de que haveria dinheiro em caixa, mas não rubrica no orçamento que possibilitasse o pagamento. 

Segundo informações da assessoria de comunicação da prefeitura, o município conta com mais de R$ 30 milhões em conta, mas cerca de R$ 20 milhões seriam de recursos vinculados, que só podem ser usados em determinada despesa. Após a aprovação das suplementações, os salários dos servidores já foram pagos. A quitação das dívidas com os fornecedores será feita conforme a entrada de recursos e obedecendo a ordem de prioridades estipuladas em decreto. Para esta semana estavam previstos novos repasses ao município, vindos, por exemplo, do retorno do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Vereadores preocupados

No início da semana passada, os vereadores haviam rejeitado proposta de suplementação de R$ 24,2 milhões, o que motivou os servidores a entrarem em greve no dia 5, já que, sem a aprovação da medida, não seria possível regularizar os pagamentos atrasados.  A prefeitura dividiu então o montante em dois projetos: o primeiro, de R$ 13,8 milhões, para pagamento do funcionalismo e o segundo, de R$ 11 milhões, para fornecedores – o que inclui a Fundação Araucária e a CCS, que terceirizam trabalhadores para o município em diversas áreas. Embora muitos vereadores considerassem haver problemas em ambas as propostas, elas foram aprovadas para evitar consequências mais graves. Os membros da Câmara que se manifestaram demonstraram preocupação com as dívidas herdadas pela futura administração e com o fato de que o recurso descrito nas propostas existia apenas no papel.


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