Prefeitura de Bento se manifesta sobre caso de trabalhadores em condições de escravidão
A nota do Poder Público diz que a prioridade da atuação é dar suporte e garantir apoio aos trabalhadores, providenciando transporte e alojamento temporário
Na tarde desta quarta-feira, 23/02, a Prefeitura de Bento Gonçalves emitiu uma nota sobre o caso de trabalhadores em condições de escravidão.
Na nota, o Poder Público afirma que desde o início da operação está atuando ao lado da Polícia Rodoviária Federal e do Ministério do Trabalho e Emprego no atendimento aos trabalhadores.
Além disso, a nota também diz que a prioridade da atuação é dar suporte e garantir apoio aos trabalhadores, providenciando transporte e alojamento temporário.
Confira a nota na íntegra
A Prefeitura de Bento Gonçalves, desde o início da operação decorrente de denúncia de trabalho análogo à escravidão, está atuando ao lado da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no atendimento aos trabalhadores.
A prioridade da atuação é dar suporte e garantir apoio aos trabalhadores, providenciando transporte e alojamento temporário. Todas as ações estão sendo coordenadas pela Secretaria de Esportes e Desenvolvimento Social (Sedes).
A Prefeitura destaca que não está solicitando doações. Um grupo de pessoas estaria passando nas residências solicitando a doação de alimentos e dinheiro, utilizando o fato.
Entenda o caso
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatou, 150 trabalhadores, na noite quarta-feira, 22/02, em situação análoga à escravidão em Bento Gonçalves.
O responsável pela empresa foi preso e encaminhado, inicialmente, para a delegacia da Polícia Federal (PF) em Caxias do Sul. Após, foi transferido para um presídio em Bento Gonçalves. Ele tem 45 anos e é natural de Valente, na Bahia.
Segundo a PF, a empresa tem contratos com diversas vinícolas da região, presta serviços de apoio administrativo e os trabalhadores teriam sido contratados para atuar na colheita da uva.
A polícia apurou no local que a maioria dos homens são da Bahia. Ao chegar ao Rio Grande do Sul encontravam uma situação diferente das prometidas pelos recrutadores. Além disso, os trabalhadores relataram enfrentar atrasos nos pagamentos dos salários, violência física, longas jornadas de trabalho e oferta de alimentos estragados. Também disseram que eram coagidos a permanecer no local sob a pena de pagamento de uma multa por quebra do contrato de trabalho.