Prefeitura desmente fim do Samu em Bento

A prefeitura de Bento Gonçalves convocou no final da tarde desta terça-feira, dia 29, uma coletiva de imprensa para desmentir os boatos de que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) seria extinto no município. “Ninguém pensou em acabar com o Samu”, afirmou o secretário de Saúde, Roberto Miele. Segundo ele, a intenção da prefeitura é reformular o serviço, oferecendo mais rapidez no atendimento da população. A adequação atenderia exigências feitas pelo Ministério Público (MP). As principais mudanças seriam a regulação local e o aumento no número de ambulâncias.

Hoje as ligações para o 192 são atendidaspela Central Metropolitana de Regulação em Porto Alegre, que após avaliar a gravidade do caso aciona as ambulâncias em Bento Gonçalves. Este processo aumenta o tempo entre a ligação e o deslocamento até o local, gerando reclamações da comunidade. Em Bento são duas unidades, sendo uma básica e uma avançada, que funciona como uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel. Com a mudança, o serviço pode ser acionado por instituições como Brigada Militar, Bombeiros, Departamento Municipal de Trânsito (DMT) e até mesmo pela secretaria municipal de Saúde (SMS). Os chamados seriam feitos diretamente para o número de celular das viaturas e a equipe do Samu entraria em contato com a Central de Regulação de Porto Alegre anunciando o deslocamento até o local da urgência.

Além da regulação, a prefeitura estuda outras alterações para a reformulação do serviço. Entre elas, o aumento no número de ambulâncias, com a utilização de uma UTI móvel da SMS e as unidades de resgate dos Bombeiros, que passariam a ser melhor equipadas. No futuro a intenção é manter apenas a unidade básica do Samu, sendo que a funcionalidade da avançada seria substituída pelas outras viaturas. Um dos motivos para essa readequação é a redução de custos. Hoje os repasses do governo federal ao município não cobrem todo o custo de manutenção das duas ambulâncias. Além disso, para a unidade avançada estão vinculados 15 profissionais, entre médicos, enfermeiros e motoristas. De acordo com Miele, o custo elevado se dá pois há dias em que a unidade avançada não é acionada para nenhum salvamento e os médicos ficam ociosos. A intenção é absorver estes médicos que hoje atentem exclusivamente pelo Samu para o quadro de funcionários do Pronto Atendimento 24 horas (PA 24 horas). Eles prestariam atendimento no PA 24 horas conforme escala e quando houver necessidade se deslocariam até o local do chamado de urgência.  

Ainda não há uma data para que as mudanças aconteçam e Miele evita falar em datas. O anúncio ocorreu antecipadamente em função da circulação de boatos sobre a extinção do serviço, que chegou às redes sociais.

Reportagem: Carina Furlanetto

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