Prefeitura determina retorno de servidor de Roca Sales suspeito de desviar doações

Cristian Prade responde na Justiça pelo crime de peculato; caso ocorreu em setembro

Foto: Acervo pessoal

A prefeitura de Roca Sales determinou o retorno ao cargo do servidor público Cristian Prade, réu na Justiça por peculato. Ele responde a acusação de desvio de doações que seriam destinadas para a população atingida por enchentes em setembro deste ano, quando um ciclone extratropical passou pelo Rio Grande do Sul.

O crime de peculato ocorre quando há desvio ou apropriação, por parte de um funcionário público, de um bem a que ele tenha acesso por causa do cargo que ocupa, mediante abuso de confiança.

A decisão foi publicada no Diário Oficial do município em 13 de novembro. Diz a portaria número 939: “Determinar o retorno imediato do servidor Cristian André Prade, ocupante do cargo de biólogo, matrícula nº 904, às suas atividades normais de trabalho junto ao Departamento Municipal de Meio Ambiente, vinculado à Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento”.

De acordo com o prefeito de Roca Sales, Amilton Fontana, a determinação existe para que Prade preste depoimento à comissão criada para presidir o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que ele responde na prefeitura. O servidor apresentou um atestado médico válido por 180 dias, alegando problemas de saúde, razão pela qual não foi ouvido pela comissão.

Fontana alega que o município precisa de um biólogo para desempenhar atividades junto ao Departamento Municipal de Meio Ambiente, mas não tem orçamento para contratar outro, já que Prade está afastado e recebendo salário.

“Nós precisamos de um técnico e não temos recurso para substituir ele (Prade). Demos uma ordem para que ele volte ao serviço para que ele dê o depoimento e a gente possa finalizar o PAD. Mesmo ele estando afastado, tem direito de receber o salário. Pedimos para ele voltar para forçar [ele] a dar o depoimento. Se não, não conseguimos finalizar o processo”, explica o prefeito, sinalizando que, sem ouvir o servidor, a comissão não pode finalizar o PAD.

Apesar da determinação, Prade não voltou a ocupar o cargo até quinta-feira, 23/11.

Fonte: g1 RS

Você pode gostar também