Prefeitura e Corsan tentam acelerar obras

A prefeitura aproveitou o momento de uma nova cobrança por agilidade nas obras de implantação do sistema de coleta e tratamento de esgoto para apresentar outra importante demanda à Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan): nesta semana, a administração municipal recebeu do Ministério das Cidades a aprovação de um plano de mobilidade urbana no valor de R$ 55 milhões, o que exigirá que órgão estadual acelere os trabalhos em áreas que serão apontadas pelo município como prioritárias.

O principal objetivo das conversações com a Corsan – retomadas em reunião realizada na quarta-feira, dia 22 – é evitar que áreas para as quais estejam previstas obras de mobilidade necessitem de alguma intervenção posterior, como a substituição de tubos para abastecimento de água ou a instalação da rede coletora de esgoto. “Precisamos ter essa garantia de que a base estará feita antes de começar qualquer obra”, afirma o secretário de Governo, Cesar Gabardo. A partir de agora, um levantamento técnico deverá apontar os trechos atingidos.

Ainda cauteloso, Gabardo explica que, até o final deste mês, devem ser feitos ajustes na proposta inicial, antes de partir para a fase de elaboração de projetos executivos. “Estamos confiantes, mas até agora temos apenas essa confirmação, que nos foi dada pela Caixa. É possível que neste ano tenhamos alguma licitação, mas ainda é um pouco cedo para dizer. Vamos esperar o dinheiro na conta”, pondera.

Os recursos serão liberados por financiamento através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e devem ser investidos em ações ao longo dos próximos seis anos. Segundo o secretário, a prefeitura trabalhará com três frentes de prioridades: melhorias para o sistema de transporte coletivo, ligações entre bairros e a criação de corredores para veículos pesados. Entre as iniciativas estão previstos asfaltamentos, alargamentos de ruas, sinalização, construção de barreiras de contenção e desapropriações para aberturas de novas vias.

Esgoto em atraso

Aprovado em julho de 2009, o Plano de Saneamento previa já para o final de 2012 a coleta e tratamento de pelo menos 30% do esgoto gerado em Bento, mas ainda não saiu do zero. Para o final deste ano, a meta seria de 60%. A longo prazo, a previsão era atingir 95% da capacidade de operação em 2024.

O investimento total para coleta e tratamento dos efluentes na bacia do Barracão, que constitui a primeira etapa da instalação do serviço na cidade, é de R$ 26,1 milhões. Na sequência, viriam as ações na bacia do Burati, com recursos na ordem de R$ 49 milhões, e os trabalhos na bacia do Vale dos Vinhedos, ainda sem previsão de custos e projeção de prazos.

Em reunião realizada em janeiro, a prefeitura reforçou a cobrança para que as obras fossem aceleradas. Na época, a justificativa da estatal para os atrasos foram as dificuldades para obter licenciamento de algumas áreas afetadas e também a formação geológica do município, com zonas em que a presença de rochas no solo dificulta o avanço da tubulação.

O que diz a Corsan

Nesta semana, questionada pelo SERRANOSSA sobre o andamento das obras, a Corsan garantiu que informará nos próximos dias o estágio em que se encontram os trabalhos de implantação do sistema para a coleta de resíduos na bacia do Barracão e os motivos para o atraso no cronograma original previsto em lei. A companhia também deve atualizar, na ocasião, a situação da construção da primeira Estação para Tratamento de Efluentes (ETE), paralisada no final do ano passado pela possibilidade da presença de um sítio arqueológico no terreno que abrigaria a estrutura.

Reportagem: Jorge Bronzato Jr.


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