Prefeitura e RGE buscam solução para quedas de luz
O centro de Bento Gonçalves, principalmente nos arredores da Via Del Vino, tem sofrido quedas de energia elétrica frequentes nas últimas semanas. Enquanto muitos apontam como razão uma má execução das obras do cabeamento subterrâneo, realizadas em 2013, a prefeitura e a Rio Grande Energia (RGE) buscam uma solução para que os comerciantes da área tenham seus negócios devidamente abastecidos e não sofram ainda mais prejuízos.
Na terça-feira da última semana, dia 13, alguns estabelecimentos não puderam abrir as portas. A queda de energia ocorreu das 18h do dia anterior e se estendeu por quase 24 horas, aproximadamente. “Deixamos de servir cerca de 400 refeições, sem contar o que tivemos que jogar fora de comida”, relata Rodrigo Rubbo, sócio-proprietário de um restaurante localizado na Via Del Vino. “Em 13 anos, isso nunca tinha acontecido”, acrescenta.
Uma sorveteria também deixou de funcionar na data. “Estava muito calor e tinha muita gente na rua. É a melhor época do ano para nós e acontece isso”, lamenta o gerente, Gelson Schimitt. Ele diz que conseguiu transferir os sorvetes para outros freezers, mas outros pratos, como tortas e doces, foram perdidos. A gerente de uma loja de eletrodomésticos também chegou a passar a noite no local, junto a seguranças, já que os alarmes estavam desativados.
Segundo os comerciantes, a RGE teria retirado os contadores na segunda à noite, alegando que os disjuntores estariam em desacordo com as normas. A reclamação é que a companhia não teria comunicado os estabelecimentos previamente sobre o corte de luz, pegando-os de surpresa.
Uma reunião, agendada para esta sexta-feira, dia 23, deve abordar a questão entre os lojistas, prefeitura e a concessionária. “A obra na Via Del Vino não foi projetada de acordo com a necessidade e agora vamos fazer as adequações para esta época de sobrecarga”, afirma o secretário municipal de Governo, Enio De Paris.
A RGE defende que a rede subterrânea foi planejada para atender as cargas existentes, além de um coeficiente de aumento, que sempre é considerado nos projetos de rede elétrica. “Ocorre que, ao que tudo indica, as cargas acrescidas nas ligações ao longo da rede vêm superando essa capacidade”, justifica a companhia por meio de sua assessoria. A empresa acrescenta ainda que há aumentos de carga à revelia, sem a formalização junto à concessionária.
Enquanto os estabelecimentos devem declarar a carga real que necessitam, a concessionária dividirá a rede entre dois transformadores de energia, a fim de otimizar o serviço. Além do aparelho em funcionamento, outro já instalado será aproveitado.
Reportagem: Priscila Pilletti
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