Prefeitura reajusta valor para compra de vagas nas creches particulares

O valor destinado pela prefeitura em 2017 para a compra de vagas nas escolas infantis particulares será de R$ 500 por criança de zero a cinco anos. O reajuste foi oficializado nesta semana. Em 2016 a prefeitura pagava R$ 400 mensais, com limite de 400 atendimentos, conforme chamamento público. O número de beneficiados para o próximo ano ainda não foi definido, entretanto a secretária de Educação, Ieda Luchese Gava garante pelo menos a manutenção dessa quantidade.

Ieda explica que na próxima semana as famílias que realizaram inscrições para as Escolas Municipais Infantis (EMIs) serão chamadas para a realização da matrícula.  A secretaria municipal de Educação (Smed) ainda não tem dados da procura, mas Ieda acredita que a compra de vagas nas escolas particulares será necessária. “A demanda tem aumentado anualmente”, pontua.

Conforme a secretária, a prefeitura busca viabilizar novas formas de obter recursos para ampliar o número de vagas adquiridas, uma vez que, mesmo com a adoção dessa medida, neste ano cerca de 600 crianças ficaram sem atendimento. O remanejamento para as famílias que não conseguirem vaga nas EMIs será realizado em janeiro. Em um primeiro momento, a prefeitura tentará encaixá-las nas escolas do município próximo às suas residências. Não havendo mais vagas públicas disponíveis, elas serão encaminhadas para as creches particulares.

De acordo com a secretária, o problema da falta de vagas na Educação Infantil é complexo, entretanto ela classifica a realidade local como avançada em relação a outros municípios. “Temos um atendimento exemplar para uma cidade do porte de Bento Gonçalves”, destaca.

Para o próximo ano a expectativa é pela abertura de duas novas EMIs, nos loteamentos Bertolini e Santa Fé. Com início em 2014, as obras estão em ritmo lento devido aos atrasos nos repasses federais. A secretária nega que houve paralisação na construção e afirma que os funcionários seguiram trabalhando, mas que o ritmo era ditado conforme a liberação dos recursos. A Smed não precisa a data em que os educandários – cada um com vaga para 120 crianças – entrarão em funcionamento, já que a infraestrutura interna também dependerá de verbas da União.