Um termo de comodato foi assinado entre a prefeitura de Bento Gonçalves e a Associação Beneficente Lar das Meninas na última sexta-feira, dia 5. Através do convênio, o prédio será emprestado gratuitamente para o município, mediante o compromisso de atender à demanda socioassistencial. A direção da entidade, além da possibilidade de desenvolver outros projetos, poderá custear a contratação de pessoal, doar materiais e participar de atividades.
Além de uma sala para a entidade, serão oferecidos cursos profissionalizantes para adolescentes no local e será realizado um trabalho de Justiça Restaurativa, voltado para a solução de conflitos. Serão transferidas para o prédio as atividades da Casa de Acolhimento Azaleia (antigo Albergue Municipal), que atende bebês, crianças, adolescentes e mulheres. O espaço hoje funciona em um imóvel alugado pelo município.
O município será responsável pela escolha, administração e custeio das atividades a serem realizadas no prédio, disponibilizando equipe profissional, prevendo recursos e selecionando os atendimentos. O Departamento de Assistência Social do Município já identificou 277 crianças e adolescentes com idade entre seis e 16 anos, nos bairros próximos à sede, cujas famílias estão cadastradas para programas sociais devido à situação de vulnerabilidade social.
Durante a cerimônia de assinatura, Inês Pompermayer, representante das entidades instituidoras do Lar das Meninas, anunciou a doação de 50 computadores a serem utilizados nas oficinas que serão ofertadas no espaço.
Adequações na estrutura
Algumas adequações na estrutura do prédio de cerca de mil metros quadrados precisarão ser feitas. No térreo funcionará o abrigo de crianças e adolescentes hoje atendidos pela Casa de Acolhimento Azaleia. Devem ser feitas adequações para atender à demanda nos sanitários, dormitórios, salas de estar, ambiente multifuncional, pátio com brinquedos e horta. Também está prevista a instalação de redes de proteção nas janelas e troca do piso em determinados ambientes.
No pavimento superior, com acesso restrito, serão disponibilizadas salas multifuncionais, sala de vídeo, biblioteca, sala de música e dança. Nesta pavimento devem ser atendidas crianças que não estarão, necessariamente, abrigadas no local. Para estas adequações, será necessária a instalação de plataforma elevatória, redes de proteção em janelas e divisórias para subdividir as salas. No subsolo serão recebidas crianças e adolescentes de até 18 anos para programas de capacitação e qualificação, que serão viabilizados por meio de parcerias.
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