Presídio: Estado trará proposta até 15 de julho
Até o dia 15 de julho, o Governo do Estado garante que apresentará mais uma proposta para construção do novo presídio em Bento Gonçalves, considerando, inclusive, a utilização do atual terreno no Centro como possível moeda de troca. Definida em reunião realizada na tarde desta segunda-feira, 26, no Salão Nobre, a data não traz consigo, entretanto, nenhuma garantia de recursos para erguer a nova casa prisional, no Barracão.
O que se debaterá, novamente daqui a pouco mais de um mês e meio, é apenas o formato de negociação que será utilizada para tentar viabilizar o empreendimento. Um dos caminhos é o arrendamento ou locação da nova área e o pagamento da obra, por parte do Estado, por um período de 20 anos. Nesse contexto, a venda do atual espaço utilizado no zona central poderia servir como um abatimento no valor total da construção.
Tudo permanece, porém, apenas no campo das ideias, já que não há verba alocada no orçamento gaúcho – nesse meio tempo, o Governo promete voltar a tentar pleitear repasse da União, semelhante ao que foi perdido em 2012 em função da demora em licitar e executar o projeto. “Se tudo correr bem, ainda teremos uma espera de um ano e meio ou dois para ter o novo presídio. Essa possibilidade vai funcionar, mas não é da noite para o dia”, ressalta o secretário estadual de Segurança Pública, Airton Michels, que no início do encontrou destacou que Bento não é tratada como prioridade para receber uma obra desse porte.
Outro anúncio de Michels foi a destinação de cerca de R$ 200 mil para reforma no atual presídio, que teve sua estrutura seriamente danificada após a rebelião do último dia 8. O secretário também aproveitou a ocasião para avisar que não será possível cumprir a decisão judicial de licitar o empreendimento em 60 dias. Quem não saiu satisfeito da reunião foi o presidente do Conselho Comunitário de Execuções Penais de Bento Gonçalves, José Ernesto Morgan Oro. “O secretário está indo embora como chegou, sem nos trazer nada. Estou indignado, porque Bento e a região não merecem esse tratamento”, esbravejou Oro.
Apesar do convite oficial da própria prefeitura, a reunião desta segunda-feira foi fechada à imprensa durante boa parte das conversações, a pedido do Estado. Os profissionais da mídia de Bento e região puderam permanecer no Salão Nobre apenas durante as primeiras manifestações e, ao final, tiveram somente cerca de 10 minutos para entrevistas com Michels, o secretário do Gabinete dos Prefeitos, Jorge Branco, e outras autoridades estaduais e municipais presentes.
Reportagem: Jorge Bronzato Jr.
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