PRF e Bombeiros resgatam 150 vítimas dos deslizamentos na Serra das Antas

“A PRF alerta para que a população evite viajar e que respeite os bloqueios viários, evitando acessar as áreas afetadas, pois a possibilidade de novos deslizamentos e quedas de barreira é altíssimo”, reforça

Fotos: PRF

Na quarta-feira, 1º/05, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Corpo de Bombeiros e populares realizaram o resgate de cerca de 150 pessoas que estavam presas entre os deslizamentos de terra na Serra das Antas, entre Bento Gonçalves e Veranópolis.

A região enfrenta uma situação crítica, com uma grande quantidade de chuva que encharcou o solo, causando diversos pontos de queda de barreira e bloqueios na BR-470. Em Bento Gonçalves, foi montado um ponto de bloqueio no km 207, próximo ao posto Rodoil, para impedir o acesso de mais pessoas na Serra das Antas, onde a situação é crítica.

Como as condições climáticas e as características do terreno íngreme dificultavam a aproximação de aeronaves, a PRF e o CBM conseguiram, com apoio de populares, que disponibilizaram jipes com preparação para trilhas fora de estrada, adentrar na mata e abrir uma trilha para acessar em torno de 150 pessoas que estavam presas na rodovia.

Devido à complexidade do terreno e o risco de novos desabamentos, o avanço da equipe foi prejudicado, com o acesso sendo bem sucedido somente horas depois, já a noite. As pessoas que tinham condições de caminhar seguiram a trilha a pé, conduzidos pelos PRFs e bombeiros, já idosos e pessoas com lesões foram acomodadas nos jipes e transportadas até um local seguro.

“A PRF alerta para que a população evite viajar e que respeite os bloqueios viários, evitando acessar as áreas afetadas, pois a possibilidade de novos deslizamentos e quedas de barreira é altíssimo”, reforça.

A PRF ainda pontua que pessoas seguem ilhadas na BR-470, contudo, os locais são inacessíveis a pé. “As equipes estão trabalhando de forma incansável e em muitos momentos arriscando a própria vida para tentar chegar nos locais onde ainda tem vítimas, mas a situação é muito crítica”, disse um agente da PRF à imprensa.