Primeiro semestre: menos acidentes, mais mortes

Trechos mal sinalizados, rodovias sem pista de acostamento, má conservação, buracos, velocidade excessiva, imprudência, imperícia, fatalidade. O que pode explicar a morte de tantas pessoas nas estradas? Entre 1º de janeiro e 31 de julho deste ano, oito pessoas perderam a vida nas rodovias que circundam Bento Gonçalves. Porém, esse número é ainda maior se forem levados em consideração os acidentes que vitimaram moradores locais em outras cidades do Estado: sobe para 15. A RSC-470 continua sendo a estrada onde é registrado o maior volume de acidentes e também de vítimas fatais. 

Somente neste ano aconteceram 113 acidentes na extensão da RSC-470 em Bento Gonçalves, sendo 52 com danos materiais e 57 que resultaram em lesões corporais. Em colisões, abalroamentos e capotamentos, seis pessoas perderam a vida, quatro no local e duas após darem entrada no hospital, além de outras 95 feridas. 

Nos sete primeiros meses de 2013, ainda foram registradas duas mortes em outras rodovias da cidade: uma na ERS-431, na Linha Alcântara, distrito de Faria Lemos (dia 1º de abril) e outra na ERS-444, na altura do quilômetro 1, no dia 2 de maio. 

Os locais mais perigosos continuam sendo próximo a trevos de acesso aos bairros e entroncamentos entre rodovias. Somente no quilômetro 218 da RSC-470, no acesso ao bairro Santa Rita, em sete meses foram registrados 20 acidentes e duas mortes. Vale o alerta do comandante do Grupo Rodoviário (GRv) de Bento Gonçalves, sargento Zidemar Petry Freitas, para que os condutores redobrem a atenção, principalmente nos dias de chuva e com neblina, respeitem o limite de velocidade e não confiem apenas na experiência ao volante. “É preciso ficar atento aos demais veículos e às condições da pista”, diz.

Números

Entre 15h e 18h é o horário em que houve o maior número de acidentes: 23,9%. O segundo período mais comum é entre 6h e 9h, com 20,4% das ocorrências

Sexta-feira é o dia em que mais acontecem acidentes (18,6%). Domingo aparece em segundo lugar, com 16,8% e quarta-feira em terceiro, com 15%

6 pessoas perderam a vida na RSC-470 no primeiro semestre: 4 morreram na hora e 2 durante atendimento médico

Em 7 meses foram 113 acidentes na RSC-470, dos quais 52 tiveram apenas danos materiais

Em 57 com lesões corporais, 95 pessoas ficaram feridas e 6 morreram

As vítimas fatais tinham idades entre 23 e 54 anos

1,7km é a extensão do trecho mais perigoso da RSC-470, conhecido como “Curvas da Morte”, entre os quilômetros 217 e 219

Dos 32 acidentes registrados em agosto na RSC-470 (não computados na estatística do primeiro semestre), 10 ocorreram entre 12h e 15h. A maior parte deles envolveu carros de passeio conduzidos por homens com idades entre 26 e 40 anos. Em um dos casos foi constatada embriaguez do motorista.

Quilômetros com maiores índices de acidente*

1º RSC-470, km 218 (trevo de acesso ao bairro Santa Rita): 20 acidentes 
2º RSC-470, km 222 (trevo da Telasul): 19 acidentes
3º RSC-453, km 107 (trevo de acesso ao bairro Barracão): 13 acidentes
4º RSC-470, km 213 (trecho próximo ao Posto do Hélio): 10 acidentes
5º RSC-470, km 216 (trevo de acesso ao bairro Conceição): 10 acidentes
6º RSC-470, km 221 (trevo de acesso ao bairro Garibaldina): 10 acidentes
7º RSC-470, km 219 (trevo de acesso ao Vale dos Vinhedos): 9 acidentes
8º RSC-470, km 226 (acesso principal a Garibaldi): 8 acidentes
9º RSC-470, km 210 (trevo de acesso ao bairro Nossa Senhora do Carmo): 8 acidentes
10º RSC-470, km 220 (trevo de acesso à empresa SCA): 7 acidentes

*Período de 1º de janeiro a 31 de julho de 2013, computadas as rodovias que passam por Bento Gonçalves

Reportagem: Katiane Cardoso


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