Primo e outras três pessoas viram réus por morte de enfermeira em Alegrete
O corpo da vítima foi encontrado às margens do Rio Ibirapuitã, em Alegrete, no mês de julho
O primo de Priscila Ferreira Leonardi e mais três pessoas viraram réus na Justiça por participação na morte da enfermeira de 40 anos, ocorrida em julho deste ano. O corpo da vítima foi encontrado às margens do Rio Ibirapuitã, em Alegrete.
Emerson Leonardi foi apontado pela Polícia Civil como mandante do crime. Ele está preso preventivamente desde 13 de julho. Os demais acusados estavam presos temporariamente e tiveram a prisão decretada pela Justiça.
Os nomes dos demais réus não foram divulgados. A defesa de Emerson Leonardi diz, em nota, que houve “diversas falhas no inquérito”.
Nove pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do RS (MP-RS). O juiz Rafael Echevarria Borba, no entanto, aceitou a denúncia contra quatro deles, entre elas, Emerson.
O magistrado considerou que os réus foram motivados por interesses econômicos e planejaram de forma minuciosa a execução do crime.
A Promotoria atribuiu três crimes aos denunciados: extorsão qualificada majorada, ocultação de cadáver e de associação criminosa.
O juiz, por sua vez, aceitou a denúncia quanto aos crimes de extorsão qualificada majorada e ocultação de cadáver, por entender que não foram apresentados elementos que comprovassem a acusação de associação criminosa.
Com a decisão, os réus passam a responder pelo crime na Justiça. O juiz também determinou a manutenção das prisões dos quatro envolvidos. Emerson foi preso dias após a localização do corpo da prima.
Relembre o caso
A enfermeira foi vista com vida pela última vez em 19 de junho, após sair da casa de Emerson. De lá, Priscila iria para a casa de uma prima, a 5 km de distância, onde estava hospedada.
O corpo da enfermeira foi encontrado pela polícia em 6 de julho às margens do Rio Ibirapuitã, que corta a cidade da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Priscila foi enterrada no dia seguinte, na presença de familiares e amigos.
A perícia indicou morte por estrangulamento e apontou lesões causadas por espancamento.
Priscila morava e trabalhava em Dublin, na Irlanda, desde 2019, e viajou a Alegrete, cidade onde nasceu, para visitar parentes. O último emprego dela no Brasil foi em um hospital da Serra, e ela havia se mudado para a Europa para aprender inglês e se qualificar na profissão.
Nota da defesa de Emerson Leonardi
Em primeiro lugar a denuncia não foi recebida pelo Tribunal de Justiça, quem recebeu a denúncia e de forma parcial foi o juiz titular da comarca de Alegrete. Explico: recebeu de forma parcial, porque dos 09 réus denunciados, quais sejam: V.S.M, T.C, J.F.M.S, B.M.J e A.S.R, não teve prova suficiente para que pudesse ser sustentada a denúncia contra eles, uma vez que já apontei em outra oportunidade as diversas falhas no inquérito, bem como a delação oferecida, também não foi de grande valia, pois a delação premiada, precisa encontrar respaldo e até o presente momento não houveram outros elementos que sustentem tudo que foi dito como prova cabal.
O que mantem meu cliente e os outros três réus, são os mesmos indícios do início, os elementos mínimos que exigem a denúncia, pois continuam existindo falhas no inquérito, diligencias não foram concluídas, a própria delação também possui ilegalidades que não foram recepcionadas pelo Magistrado. Também se sustenta parcialmente recebida, porque o meu cliente não responderá pelo Crime de Organização Criminosa, esse NÃO TEM QUALQUER PROVA que sustente sua existência.
Antes que proliferem especulações sobre os nomes em sigla a defesa ressalta, que por terem ficado fora da denúncia, não podem ser divulgados, é uma questão de ética e não de vontade pessoal. Agora as medidas tomadas serão outras, iniciará a fase de instrução criminal, com o contraditório, ou seja, as defesas poderão se manifestar e exercer finalmente a amplitude de defesa que todo réu tem direito, quanto à delação premiada oferecida, esclareço que por ser direito meu no que pertine a estratégia de defensiva a ser construída só irei me manifestar diretamente ao juízo e em sede de contraditório que é onde realmente importa e interessa.
Fonte: g1 RS