Procon recomenda arredondar o troco para menos

Pesquisa recente da Fundação Instituto de Administração (FIA) mostra que 70% das pessoas associam o preço quebrado a uma promoção.  Mas você lembra quando foi a última vez que recebeu moedas de um centavo de troco ao fazer suas compras? Se por um lado um produto que custa R$ 2,99 atrai mais o consumidor do que outro de R$ 3, por exemplo, de que adianta optar pelo mais barato se muitas vezes o troco não vem?

Por ser um valor quase insignificante, muitos consumidores sequer reclamam. “Se o estabelecimento não tiver moedas suficientes deve providenciar ou arredondar o troco para menos”, alerta o coordenador do Procon de Bento Gonçalves, Magnus Oliveira Corrêa. Assim, o consumidor não é prejudicado. Corrêa comenta ainda que o troco deve ser dado preferencialmente em dinheiro. “Qualquer outra forma de retorno, como vales ou balas, só pode acontecer se houver consentimento do consumidor”, complementa.

Estabelecimentos buscam alternativa

Para evitar transtornos com a falta de moedas de pequeno valor, alguns estabelecimentos buscam alternativas. As lojas com produtos de R$ 1,99, que se tornaram populares no final da década de 90, hoje existem apenas no nome. “Ao longo dos anos fomos diversificando os produtos, vendendo também artigos de maior valor. Em vez de cobrar R$ 1,99, já colocamos com preço de etiqueta R$ 2”, comenta o proprietário de um estabelecimento instalado há mais de 15 anos em Bento Gonçalves.

Nos supermercados, a realidade é diferente. Nesse tipo de comércio, os centavos fazem a diferença na hora de atrair o consumidor. Entretanto, é possível buscar alternativas. É o caso da Cia Apolo, que implementou o “troco solidário”, em abril de 2010. No momento da compra, o consumidor pode optar por doar os centavos do troco para entidades assistenciais. “Já entregamos, ao todo, R$ 47.541,23”, lembra o diretor Antônio Longo. Segundo ele, a falta de moedas de pequeno valor sempre foi preocupação, tanto do mercado como dos clientes. “Muitas pessoas não gostam de andar com moeda nos bolsos, o que agrava a falta de troco. Sem contar que muitas dessas moedas estão guardadas em cofrinhos”, observa.

A iniciativa acontece em Bento Gonçalves e também em Garibaldi. Em Bento, já foram beneficiados: Liga Feminina de Combate ao Câncer, Lar do Ancião, Vida Livre, Associação dos Deficientes Visuais de Bento Gonçalves (ADVBG), Associação de Deficientes Físicos (Adef) e Associação dos Surdos. Em Garibaldi, foram contemplados: Corpo de Bombeiros Voluntários, Conselho Municipal Pró-segurança Comunitária (Consepro), Liga Feminina de Combate ao Câncer e Apae.

Curiosidades

*A produção de uma moeda de um centavo custa nove centavos. A culpa não é da matéria prima e sim das etapas de fabricação;

*A Casa da Moeda parou de fabricar as moedas de um centavo em 2004;

*Há em circulação no Brasil cerca de 3,1 bilhões de moedas de um centavo. 

Carina Furlanetto

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