Produção de móveis apresenta nova queda

De acordo com dados divulgados pelo relatório do Inteligência de Mercado (IEMI), o setor moveleiro voltou a mostrar declínio em setembro, depois de ter apresentando uma pequena melhora em agosto. A produção de móveis em volumes no Brasil que havia alcançado 36,2 milhões de peças, caiu para 35 milhões, uma queda de 3,8%. Nos últimos 12 meses, a produção recuou 15,6% em relação ao mesmo período anterior.

No Rio Grande do Sul o cenário foi positivo para a produção, que alcançou 7,7 milhões de unidades, um aumento de 7,6%. Já a indústria de transformação caiu 2,4%. O consumo aparente de móveis nacional também sinalizou queda de 4%, com 34,5 milhões de peças. O gaúcho somou 7,4% milhões, um crescimento de 8,2%.

A participação dos móveis importados no Brasil foi de 1,6% em setembro contra os 2,6% alcançados no mês de agosto, e 2,5% no acumulado anual. A dos móveis exportados foi de 3% contra 3,7%, do mês anterior, e 3,5%.

No Estado, os importados representaram 1% do consumo interno, frente aos 0,6% de agosto. Nas exportações, houve uma pequena diminuição: de 5,9% para 5,7%. A produtividade da indústria moveleira teve um aumento de 1,7% e a da indústria de transformação registrou queda de 1%.

Com relação a geração de empregos, os números nacionais continuaram negativos. Em setembro, a redução foi de 0,3%. No ano, a retração já chega a 4,3%. Na indústria de transformação houve recuo de 0,5% no mês, de (-) 2,6% no ano e de (-) 6,5% nos últimos doze meses.

De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (Caged) foram encerradas 302 vagas de trabalho no setor moveleiro nacional, chegando a 234.886 empregos diretos, uma queda de 5,2% em relação a dezembro de 2015. No Estado, cenário foi um pouco diferente. Considerando o mesmo período de comparação, houve alta no saldo de emprego na indústria moveleira, com abertura de 108 postos de trabalho, chegando a 34.357 postos de empregos diretos no setor, uma redução de 4,3% em relação a dezembro do ano passado.

A média salarial também teve desvalorização de 0,6% em setembro. Na indústria de transformação em geral houve valorização de 4,2%. O panorama negativo permanece, ainda, nas vendas do comércio varejista de móveis, que apresentou queda de 5,6% em volume e de 5,7% em valores. No Rio Grande do Sul, a redução foi de 9,2% em volume e de
(-) 9,4% em valores.

Para o presidente da Movergs, Volnei Benini, para enfrentar a crise que assola o país, econômica e moralmente, tem que se manter o foco no trabalho. “É preciso continuar investindo e acreditando. É necessário que o setor se mantenha articulado e que a máquina continue funcionando. Se a economia parar, o país parará também”, finalizou.