Produtor deve receber R$ 0,57 por kg da uva comum

Em reunião, realizada ainda no mês de setembro, produtores, representantes do setor Vitivinícola e compradores estabeleceram o preço mínimo do quilo na uva comum (Isabel) a R$ 0,57, cinco centavos a mais que na safra de 2011. Esse aumento representa reajuste de 10%.

Mas para receber o reajuste, o produtor deve entregar uma uva com boa qualidade.

Para isso a uva deve ter 15 graus Babo (medida que representa a quantidade de açúcar, em peso, existente em 100 gramas de calda da fruta) ou mais. Se a fruta tiver 14 graus, o valor a ser pago será de R$ 0,54. De 13 graus para baixo, não haverá reajuste no preço mínimo da uva. Para as uvas viníferas, o reajuste ainda será definido pelo governo federal, de acordo com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).

Segundo Olir Schiavenin, coordenador da Comissão Interestadual da Uva, a maioria dos produtores está recebendo valores acima do mínimo. “A maior preocupação deles é com as perdas causadas pela falta de chuva e do granizo. Já não estamos mais na fase onde havia briga entre os produtores e empresa para estabelecer o valor a ser pago pelo quilo da uva. Os que apresentam boa qualidade estão recebendo valores até maiores que o mínimo”, enfatiza. O coordenador ainda destaca que para as demais variedades estão sendo pagos maiores valores.

O reajuste já foi aprovado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Agronegócios (Mapa) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ainda não foi oficializado pelo Conselho Monetário e não há previsão de quando isso irá acontecer. 

Valor recorde de produção

O Valor Bruto da Produção (VBP), obtido no faturamento das 20 principais lavouras do Brasil, atingiu o recorde de R$ 205,8 bilhões em 2011. Esse valor é o maior desde 1997 e representa acréscimo de 11,7% na produção em relação a 2010. Entre os produtos que mais contribuíram está a uva, com 47,17%.

 

Katiane Beal Cardoso

 

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