Professora que agrediu menino de 4 anos em Caxias do Sul é presa
A professora Leonice Batista dos Santos, de 49 anos, que agrediu um menino de 4 anos em Caxias do Sul, foi presa preventivamente nesta sexta em Palmeira das Missões

A professora Leonice Batista dos Santos, de 49 anos, que agrediu um menino de quatro anos na Escola Infantil Xodó da Vovó, em Caxias do Sul, foi presa preventivamente na manhã desta sexta-feira (22) em Palmeira das Missões, no Noroeste do Rio Grande do Sul. A detenção ocorreu às 10h30min, com a participação de agentes da Polícia Civil local e da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Caxias do Sul.
O caso chocou o país e, segundo a polícia, pode ser ainda mais grave. De acordo com a delegada Thalita Giacomiti Andriche, além do episódio de segunda-feira (18), já existem duas ocorrências anteriores.
As câmeras de segurança registraram a agressão: Leonice acertou a cabeça do menino com uma pilha de livros enquanto gritava com ele. Em seguida, limpou a boca da criança com um papel e a retirou da sala. Inicialmente, Leonice alegou que o menino havia caído no banheiro; no entanto, a versão caiu por terra após a conferência das gravações.
Consequentemente, a professora foi demitida por justa causa. A criança passou por exame de corpo de delito no DML e foi atendida por dentista, que constatou lesões graves na boca: perdeu um dente e outros cinco ficaram frouxos, precisando usar aparelho odontológico.
Além disso, os pais relatam que o menino só consegue se alimentar com papinhas, sopas, alimentos amassados ou usando canudinho, e apresenta medo constante, inclusive dentro de casa.
O inquérito começou como lesão corporal, mas poderá ser reclassificado como maus-tratos qualificados ou tortura. A delegada orientou famílias com relatos semelhantes a procurarem a polícia, fortalecendo a investigação. Segundo ela, o interrogatório da investigada será o próximo passo, mas antes as autoridades coletam provas essenciais para definir os rumos do caso.
Leonice atuava na escola há seis anos, era formada em magistério e havia retornado ao trabalho no mesmo dia após duas semanas de afastamento por problemas de saúde. Em nota, a instituição lamentou profundamente o episódio, reafirmou seu compromisso com a segurança das crianças e garantiu total colaboração às autoridades.