Professora que bateu em criança em Caxias é suspeita de outros casos

Professora bateu em criança de 4 anos na cabeça com uma pilha de livros em escola de Caxias; Polícia Civil investiga outros casos

Professora que bateu em criança em Caxias do Sul é suspeita de outros casos.
Momento em que a professora bate na cabeça do aluno com uma pilha de livros. Foto: Reprodução/Câmeras de segurança

O caso que chocou o país pode ser ainda mais grave. A professora que agrediu um menino de 4 anos em Caxias do Sul pode ter outros episódios de agressão. A educadora, Leonice Batista dos Santos, de 49 anos, foi demitida por justa causa após atingir a criança com uma pilha de livros na Escola Infantil Xodó da Vovó, na segunda-feira, 18 de agosto de 2025. Câmeras de segurança registraram o momento em que a professora gritava com o aluno e acertou sua cabeça. Em seguida, ela limpou a boca da criança com um papel e a levou para outro local.

Inicialmente, Leonice alegou que o menino havia caído no banheiro. No entanto, a versão caiu por terra quando a direção conferiu as gravações. Diante disso, a escola acionou os pais, que foram até a instituição. De acordo com a escola, o casal de diretores e os pais assistiram ao vídeo juntos e choraram ao ver a agressão.

Antes de formalizar a demissão, a escola buscou orientação com escritório de contabilidade e assessoria jurídica, incluindo pais advogados de ex-alunos e alunos atuais. Com isso, a professora foi demitida por justa causa.

Na terça-feira (19), a criança passou por exame de corpo de delito no DML e foi atendida por um dentista que constatou lesões graves na boca: perdeu um dente e outros cinco ficaram frouxos, precisando usar aparelho odontológico. Os pais relatam que o menino só consegue se alimentar com papinhas, sopas e alimentos amassados, ou através de canudinho. Além disso, ele apresenta medo constante, inclusive dentro de casa.

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), investiga o caso. O inquérito começou como lesão corporal, mas pode ser reclassificado como maus-tratos ou tortura qualificada. A delegada Thalita Giacomiti Andriche, em entrevista à GZH, confirmou que já existem outras duas ocorrências envolvendo a mesma professora, reforçando a investigação. Ela orientou que famílias com relatos semelhantes procurem a polícia para fortalecer o inquérito.

A delegada explicou que o interrogatório da investigada será o próximo passo, mas, antes, estão sendo coletadas provas iniciais essenciais para decidir os rumos do caso.

Segundo a escola, a professora atuava no local há seis anos, era formada em magistério e havia retornado ao trabalho no mesmo dia após duas semanas de afastamento por problemas de saúde. Em nota, a instituição lamentou profundamente o episódio, reafirmou seu compromisso com a segurança das crianças e garantiu colaboração total com as autoridades.

Veja o momento da agressão

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