Profissionais da enfermagem realizam protesto em Bento
Segurando placas com dizeres como “Enfermagem piso já”, os profissionais querem chamar atenção para a suspensão da lei que estabelece o piso salarial para a categoria
A manhã de quinta-feira, 29/09, iniciou com uma mobilização de mais de 50 profissionais da área de enfermagem em frente ao Hospital Tacchini. Segurando placas com os dizeres “Enfermagem piso já” e “Respeito e dignidade a enfermagem”, os profissionais prometem uma paralisação de 24 horas, seguindo até a manhã do dia 30 de setembro.
O movimento dos profissionais vai em busca de chamar a atenção para o piso salarial da categoria, que foi aprovado pelo presidente Bolsonaro, mas que foi suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No Senado Federal correm pelo menos dois projetos de lei que visam encontrar formas de viabilizar o piso. O principal argumento para suspender a lei é que não se tem garantias de que as instituição de saúde conseguirão pagar os funcionários.
O movimento, liderado por profissionais da área de enfermagem – que é composta de enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiros -, tem apoio do Sindisaúde de Caxias do Sul.
O que diz o Hospital Tacchini
Na tarde desta quinta, o Hospital Tacchini liberou uma nota oficial, onde diz respeitar a ação dos profissionais, que têm o direito de se manifestar, mas salientou que serviços serão afetados. Confira a nota na íntegra:
“O Hospital Tacchini informa que, devido à paralisação de parte dos profissionais da enfermagem, os atendimentos ambulatoriais realizados pelo hospital não estão ativos e casos não urgentes possuem tempos de espera maiores do que o usual. A restrição dos serviços deve durar até o final da greve, prevista para encerrar no dia 30 de setembro, às 6h30.
O Tacchini acredita que a reivindicação do aumento do piso da categoria é justa e meritória., Contudo, a instituição lamenta a falta de posicionamento dos agentes públicos responsáveis pela criação da Lei (atualmente suspensa pelo Superior Tribunal Federal) na busca das fontes de financiamento para arcar com os custos adicionais da nova política de salários de enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiros.
Seguimos, junto com as entidades representativas dos hospitais brasileiros, buscando uma solução para o tema junto ao Congresso Nacional.
Cabe ressaltar ainda que a paralisação está sendo conduzida de forma descoordenada. Nem mesmo as Leis que versam sobre o regramento da greve em caso de serviços essenciais estão sendo cumpridas em parte dos setores, trazendo prejuízos e podendo colocar em risco a comunidade.
Como forma de mitigar os impactos causados à comunidade pela paralisação, o Tacchini trabalha para remanejar profissionais de outras áreas para auxiliar no atendimento de urgências e emergências. Também por isso, diversas atividades hospitalares estão funcionando de forma parcial até o final da paralisação, podendo ocasionar demora no atendimento.
Pedimos a compreensão e colaboração de todos nesse momento de exceção.”