Projeto visa capacitar merendeiras da região

A merendeira é a pessoa que está diretamente relacionada à qualidade da alimentação escolar. É ela quem tem a função de preparar as refeições dos alunos de forma segura, visando uma alimentação saudável em benefício à saúde dos estudantes. Pensando nisso, a 16ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), em parceria com a Emater, promove capacitação para as profissionais dessa área. As oficinas iniciaram no dia 14 de agosto, em Veranópolis, e encerram na próxima semana, em Serafina Corrêa e Nova Araçá. No total, 140 merendeiras, de 23 municípios da região da Serra Gaúcha, passarão pelo treinamento. Bento Gonçalves recebeu o projeto nesta semana. 

Os encontros estão divididos em três partes: orientações teóricas sobre nutrição, lei que dispõe sobre a merenda escolar e alimentação saudável; oficina prática para preparação dos alimentos e avaliação e degustação dos pratos. Na última quarta e quinta-feira, dias 22 e 23, merendeiras dos municípios de Bento Gonçalves, Santa Tereza e Monte Belo do Sul tiveram a oportunidade de participar do projeto, em oficina realizada no Colégio Estadual Landell de Moura. Durante as capacitações, a Emater orienta as profissionais a utilizarem métodos que são empregados também em atividades realizadas com os produtores rurais, como o aproveitamento integral dos alimentos.

 
Adequação à legislação

Pela legislação, no mínimo 30% dos recursos utilizados na compra de merenda escolar devem ser destinados para a aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor rural ou de suas organizações. A lei diz ainda que é necessário conter nos cardápios, pelo menos, três porções de frutas e hortaliças por semana nas refeições ofertadas às crianças e aos adolescentes. A assistente técnica da Emater, MaureenSpanenberg, explica que os benefícios dessa exigência são inúmeros. “Além de uma alimentação mais saudável para os alunos, a prática incentiva os produtores e as agroindústrias locais, gerando renda para o município”, observa. Ela comenta que cada família pode comercializar R$ 20 mil por ano para a alimentação escolar. “Isso abre possibilidades de mercado e ajuda também a fixar os jovens no campo”, complementa.


Pratos

Entre os pratos ensinados às merendeiras durante a realização do projeto em Bento Gonçalves estão 38 receitas diversas, tanto doces, quanto salgadas. Constam na cartilha: bolo de legumes, de cenoura e mel, de maçã, de tomate e de feijão; molho branco, de vegetais com carne, e de tomate; feijão enriquecido; sopa creme de aipim, de ervilha e de moranga; sopão de legumes; suflê de espinafre; pizzas integrais; patê de salsa, de grão de bico e de frango; batida de beterraba; creme com frutas; sagu de banana e de laranja; e pizzas doces.

 
Reportagem: Carina Furlanetto

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