A rotina dos alunos da maioria das escolas estaduais de Bento Gonçalves foi alterada nesta semana devido à greve dos servidores estaduais. Desde a última quarta-feira, dia 19, até esta sexta-feira, dia 21, mais de 80% das instituições estão de portas fechadas. A decisão de paralisar os trabalhos por três dias foi aprovada em assembleia unificada envolvendo mais de 40 sindicatos, realizada na tarde de terça-feira, 18, em Porto Alegre. A mobilização é uma resposta ao parcelamento dos salários de julho e uma forma de protesto contra os projetos de ajuste fiscal encaminhados pelo governador José Ivo Sartori à Assembleia Legislativa, para combater a crise financeira do Estado.
De acordo com a 16ª Coordenadoria Regional de Educação, das 22 escolas estaduais de Bento Gonçalves, 18 aderiram integralmente à greve. As escolas Anselmo Luigi Piccoli, no bairro Cohab, Ângelo Chiamolera, em Faria Lemos, e Luiz Fornasier, no Botafogo, estão trabalhando normalmente. Apenas a escola General Bento Gonçalves da Silva, no Centro, está parcialmente paralisada. As demais seguem fechadas até esta sexta-feira e retomam as atividades na segunda-feira, dia 24.
A diretora do 12º Núcleo do Cpers, Juçara de Fátima Borges, explica que, apesar disso, o estado de alerta permanece. Caso os salários de agosto também sejam parcelados, o funcionalismo gaúcho promete nova greve entre os dias 31 de agosto e 3 de setembro. No início do mês, os servidores já haviam paralisado as atividades por um dia, como forma de protesto. No caso da educação, desde o dia 4 de agosto as escolas estaduais adotaram redução da jornada letiva.
Segurança
Em Bento Gonçalves, a greve também afetou os serviços de segurança. Os agentes penitenciários mantêm atividades essenciais, como alimentação e atendimento médico-hospitalar de urgência. A visita aos presos foi restrita a apenas um visitante por detento. Até esta sexta-feira, não haverá liberação de apenados para trabalho interno e aulas, além de estar interrompida a sua movimentação para participação em audiências ou realização de transferências. As atividades administrativas e o tratamento penal também não estão sendo desenvolvidos.
Desde quarta-feira, a Polícia Civil não cumpre mandados de busca e apreensão e de prisão, e tampouco realiza operações policiais e demais procedimentos de polícia judiciária. A Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) somente atende aos flagrantes e casos de maior gravidade, tais como: homicídio, estupro, ocorrências envolvendo crianças e adolescentes e lei Maria da Penha, além das situações em que os plantonistas julgarem imprescindível a intervenção imediata da Polícia Civil. Para casos de acidente de trânsito sem vítimas, furto e/ou perda de documentos, aparelho de celular e objetos, o registro pode ser feito por meio da Delegacia Online, pelo endereço eletrônico www.delegaciaonline.rs.gov.br.
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