Um caso envolvendo uma cadela comunitária revoltou protetores da causa animal na manhã desta segunda-feira, 31/08. Por meio das redes sociais, moradores passaram a questionar a prefeitura de Bento Gonçalves sobre o recolhimento da cachorrinha Lilica, que vivia nas redondezas da Praça das Rosas, no bairro Cidade Alta. Ela era alimentada e cuidada por moradores e vivia acompanhada do cão Negão.
De acordo com a prefeitura, a Vigilância Ambiental recebeu denúncias de que Lilica tentava morder pessoas que passavam pelo local. Por conta disso, uma equipe da vigilância teria a recolhido “para que possa ser adotada e não ficar na rua”.
Entretanto, protetores afirmam que ela não tinha esse hábito e criticam a postura da prefeitura. Segundo eles, a Vigilância errou em separar os dois cães e em retirar Lilica do local, pois ela já estava adaptada e recebia todo o cuidado necessário. "Até hoje nunca faltou assistência veterinária e nem cuidados a ela e nem ao Negão, mesmo não tendo um lar fixo. Várias pessoas de boa índole sempre zelaram pela saúde e bem estar dos dois cães. Eles não tinham uma família, tinham várias famílias zelando por eles. Desde sempre viveram juntos na praça das rosas e hoje Negão está chorando a ausência da Lilica. Ele está triste, abatido pela falta da companheira de longa data", desabafou uma voluntária.
Agora, a comunidade cobra informações sobre o paradeiro de Lilica. De acordo com a prefeitura, ela está em um abrigo para adoção. Além disso, afirmam que o recolhimento do Negão não foi feito porque ele está recebendo "o cuidado das famílias e não ataca as pessoas. Não há denuncias sobre ele".
Confira a nota de esclarecimento da prefeitura:
Sobre o caso da cadela Lilica da Praça das Rosas, a Vigilância Ambiental esclarece que realizou o recolhimento do animal para garantir a sua segurança e proteção, bem como as dos munícipes:
1) A Vigilância Ambiental realizou o seu encaminhamento para um canil, que a acolheu de forma voluntária;
2) A cadela Lilica encontra-se bem e recebe todos os cuidados necessários;
3) O setor acompanha o caso e já recebeu diversos contatos de organizações não-governamentais que se mobilizaram para realizar campanhas para sua adoção. A Vigilância Ambiental apoia essas iniciativas, de forma a encontrar um lar para o animal, e está a disposição para esclarecimentos.
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