Pular corda: muito além de brincadeira de criança
É provável que ela tenha feito parte da sua infância, acompanhada de cantigas, como uma brincadeira. Agora que você já está crescido, ela pode ser um exercício físico e te ajudar a entrar em forma. Pular corda é fácil, barato e muito eficiente quando o assunto é gastar calorias: a atividade queima cerca de 15 delas por minuto, média maior que a da natação e de muitas lutas, como o boxe e o MMA. Fazendo as contas, em meia hora de exercício dá para torrar 450 calorias.
O educador físico Cleuton Nunes explica que pular corda trabalha os músculos do corpo, principalmente os glúteos e a musculatura das pernas, além de melhorar o condicionamento físico. Mas para chegar lá é preciso muito esforço e suor. Afinal, o exercício não é dos mais leves, ao contrário: dependendo do ritmo, pode ser muito intenso. Por isso, quem tem problemas nas articulações das pernas, hipertensão ou está acima do peso deve procurar o médico antes de começar a pular corda. Pronto para colocar em prática? Antes de fazer da corda seu treino, confira o passo a passo para garantir um exercício físico seguro e eficaz.
Escolha a corda ideal: existem cordas de todos os tipos e tamanhos, a escolha entre elas deve ser individualizada. Nunes explica que existe um truque para adequar o tamanho da corda a você: “segure a corda com as mãos, pise no centro dela com os pés unidos, estique até que o cabo em que você apoia as mãos esteja na altura do peito, próximo às axilas”. Se cumprir este padrão, a corda tem o tamanho perfeito para você. Vale lembrar que a maioria das cordas atualmente é ajustável. Quanto ao material, o ideal para iniciantes é que procurem cordas de material leve, como as de nylon. Modelos de aço revestido com tecido, de sisal e de couro, por exemplo, também são bons, mas são mais pesados e demoram mais para lacearem. As cordas com peso maior são boas opções para quem já está em um nível mais avançado, é uma forma de intensificar o treino. As manoplas – cabo em que você segura a corda – devem ser de material resistente, como o PVC, e preferencialmente emborrachadas, evitando que as mãos fiquem machucadas ou com calosidades. Quando for comprar, veja se as manoplas podem ser repostas quando se desgastarem.
Tênis e roupas: pular corda pode ser um exercício caseiro, mas isso não dispensa o uso de um bom tênis e de roupas confortáveis e arejadas. Cleuton Nunes lembra que o pulo é uma atividade que gera grande impacto nas articulações, por isso o uso de um calçado com amortecimento é fundamental.
Não se esqueça do aquecimento: nada de começar o exercício bruscamente. Antes pular corda, faça um aquecimento. A educadora física Fernanda Andrade orienta a começar com pulinhos sem a corda por um ou dois minutos. “Esse exercício vai aumentar a frequência cardíaca de forma gradual e preparar o corpo para os pulos mais intensos”, explica. Para aquecer os braços, faça o movimento de giro com a corda por cima da sua cabeça, batendo a corda, e apenas passe por cima dela, sem pular.
Progrida no treino: se você é iniciante, é importante respeitar o seu ritmo até que se sinta seguro para progredir o exercício. O educador físico explica que uma boa forma de começar é passar um minuto pulando e um, descansando. Faça isso por aproximadamente 12 minutos. Pratique entre três e cinco vezes por semana e intensifique o treino a cada sete dias ou quando se sentir seguro para fazê-lo. O melhor critério para determinar quanto você intensificará o treino é a sua própria percepção do esforço. É normal que você se sinta cansado depois do exercício, mas não deve haver dor, falta de ar, enjoo ou mal estar.
Portal Minha Vida
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