Qual é a situação da construção da nova Ponte de Santa Bárbara?
Segundo a Secretaria Estadual de Logística e Transporte (Selt), tudo segue dentro do planejado; a ponte vai custar R$ 31,3 milhões
Em setembro de 2023, o Rio das Antas levou consigo uma das principais pontes da Serra Gaúcha: a da localidade de Santa Bárbara, na ERS-431, que liga Bento Gonçalves a São Valentim do Sul. Quase um ano e meio depois, a ponte segue do mesmo jeito: destruída.
No dia 17 de outubro de 2024, o governo estadual assinou a ordem de início da obra. Contudo, nenhum trabalho de reconstrução pode ser visto no local atualmente.
Segundo a Secretaria Estadual de Logística e Transporte (Selt), tudo segue dentro do planejado. Confira a nota encaminhada à reportagem:
“A ponte da ERS-431 está dentro do prazo do contrato. A empresa está realizando os estudos e levantamentos de campo. A próxima etapa é a entrega do projeto que a empresa precisa apresentar em fevereiro. Após isso, o Daer [Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem] deve aprovar e autorizar o início da obra, caso o projeto seja aprovado. A partir da aprovação dos estudos e projeto executivo, o prazo de conclusão das obras será de 365 dias.”
A obra vai custar R$ 31,3 milhões, sendo R$ 24,4 milhões do governo federal e R$ 6,9 milhões de contrapartida do governo do Estado. A nova estrutura terá 320 metros, 51 metros a mais do que a anterior. Além disso, a largura e a capacidade de carga também serão maiores. A empresa Vereda Engenharia Ltda., de Belo Horizonte, Minas Gerais, é a responsável pela nova ponte.
Na quarta-feira, 29/01, em visita a Bento Gonçalves para lançar o programa de desassoreamento no Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite (PSDB) foi questionado sobre a obra. “A gente encaminhou a contração já integrada, está em fase de projeto executivo, e a expectativa é que a gente possa ter, nos próximos meses, esse início dessa obra”, afirmou à reportagem do SERRANOSSA.
Na visão do prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Siqueira (PSDB), a ponte é uma demanda não só do município, mas da região como um todo. “Ter esse acesso novamente para que os moradores possam se deslocar, escoar a produção ou para atendimento de saúde é primordial para que a região possa voltar a se desenvolver”, disse ao SERRANOSSA.
Para Siqueira, o processo todo é burocrático demais. “O governo do Estado, através do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem, apresentou no final do ano passado o início do projeto, que está em desenvolvimento. Um processo muito burocrático que não acompanha a agilidade que a população tem dessa reconstrução. Seguimos cobrando para que a construção inicie em breve”, pontuou.
Balsa
A balsa segue operando no local, como uma alternativa. A travessia ocorre de segunda a segunda, sempre das 5h às 23h. Ambulâncias, carros funerários e pessoas com necessidades especiais (com aviso prévio) têm prioridade no embarque.