Qual o melhor tipo de esmalte para as suas unhas?
Verde, vermelho, azul, preto, rosa ou bege: a cor é sua única preocupação na hora de escolher o esmalte? Se a sua resposta for sim, você está deixando passar uma série de detalhes que podem detonar seu visual muito mais do que o tom errado. Essas escolhas deixam em segundo plano a saúde das unhas e o resultado a longo prazo pode ser o amarelamento, manchas esbranquiçadas ou cutículas ressecadas. Confira algumas dicas:
Pele sensível e predisposição a alergias: pessoas com a pele sensível na região das mãos e cutícula tendem a ter reações alérgicas. “Os esmaltes hipoalergênicos ou ‘3 free’, livres dos componentes químicos tolueno, formaldeído e DBP, são os mais indicados”, explica a dermatologista Cíntia Outsubo, membro da Sociedade brasileira de Dermatologia. “Essas substâncias conferem brilho, consistência e fixação aos esmaltes, porém são as que potencialmente causam mais reações alérgicas”. Outros componentes, como o sulfato de níquel (presente nos esmaltes de tonalidade azul), a mica (nos esmaltes cintilantes), a nitrocelulose e o cloreto de cobalto também podem desencadear vermelhidão, coceira e até inchaço em regiões como dedos, cutículas, pálpebras, rosto e pescoço.
Unhas amareladas: “As unhas podem ficar amareladas pelo uso excessivo de esmaltes escuros, mas também podem indicar algumas doenças, entre elas o diabetes, alterações renais, respiratórias e hepáticas e até micoses da unha”, explica a dermatologista Cíntia. Se o seu caso for originado pelo excesso de esmalte escuro, use removedor em vez de acetona, evite cores escuras e hidrate as unhas com cremes. Essas medidas podem ajudar a reduzir o amarelado. Vale também passar uma camada de base nas unhas antes de aplicar o esmalte.
Cutículas ressecadas: o cuidado deve ser redobrado com a hidratação. “Há substâncias hidratantes em forma de óleo, cremes e ceras que podem ser aplicadas diretamente nas cutículas, estando as unhas esmaltadas ou não”, recomenda Cíntia. “Existem algumas em forma de caneta que são muito práticas. Independente da escolha, o ideal é que o produto seja usado diariamente”, recomenda.
Unhas quebradiças: sempre há um motivo por trás de unhas fragilizadas e é preciso identificá-lo para fazer o tratamento correto. As principais causas de fraqueza das unhas são dieta inadequada e carência de vitaminas. O médico pode recomendar produtos para fortalecer as unhas, que costumam ter formol ou ácidos retinoico e glicólico. “Certifique-se que o esmalte fortalecedor está sendo aplicado apenas nas unhas, pois ele pode gerar irritação e alergia quando passado na cutícula”, explica Valcinir Bedin.
Unhas esbranquiçadas: a dermatologista Tatiana Gabbi, do departamento de unhas e cabelos da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que as unhas ficam esbranquiçadas por um problema na matriz – a “fábrica” da unha, que fica sob da cutícula. “Traumas nessa região, que acontecem quando empurramos a cutícula ou mesmo no dia a dia, podem parar a produção da unha na matriz”. Quando isso ocorre, surge a mancha branca. Outra causa comum está associada ao uso de esmaltes que ficam muito tempo na unha e acabam danificando a queratina e causando as manchas. Nesse caso, a mancha é áspera ao toque. Para evitar esse problema, a dermatologista Tatiana recomenda que o esmalte seja retirado – com removedor sem acetona, que resseca a unha – assim que começar a descascar ou, no máximo, depois de uma semana.
Unhas roídas: a onicofagia – mania de roer unhas – é uma doença que tem muito a ver com fatores psicológicos, como a ansiedade. Aplicar esmalte para parar de roê-las é um truque antigo, mas funciona. A dermatologista Tatiana explica que quando a pessoa vê as unhas bonitas e bem feitas, a vontade de roê-las diminui.” É parte da terapia cognitivo-comportamental, aliada de quem quer abandonar esse hábito”, explica. Hoje a indústria cosmética evoluiu e tem esmaltes específicos para quem rói unha. A dermatologista explica que esses produtos têm gosto muito desagradável. “Quando a unha é colocada na boca, é imediatamente retirada em função do gosto ruim”.
Unhas com micose: até pouco tempo atrás, acreditava-se que os componentes químicos do esmalte eram eficientes para impedir a sobrevivência de micro-organismos, como fungos e bactérias. No entanto, um recente estudo, realizado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, mostrou que esmaltes podem transmitir fungos de uma unha com micose para uma unha saudável. Os pesquisadores fizeram uma coleta de esmaltes em dez salões de beleza para análise micológica e detectaram que 15% deles continham uma espécie de fungo causadora de doença. Para evitar a contaminação, a dermatologista Tatiana recomenda deixar a unha com micose para ser feita por último, evitando o contágio das outras unhas. E ainda, usar para esta unha um pincel que não retorne ao vidro de esmalte, o que contaminaria todo o produto. Depois do uso, o pincel pode ser lavado com água e sabonete ou ainda ser esterilizado em autoclave, eliminando o problema. “Além disso, o mais recomendado é o esmalte antifúngico, que já vem com mais de um pincel, específico para a unha doente”, recomenda.
É proibida a reprodução, total ou parcial, do texto e de todo o conteúdo sem autorização expressa do Grupo SERRANOSSA.
Siga o SERRANOSSA!
Twitter: @SERRANOSSA
Facebook: Grupo SERRANOSSA
O SERRANOSSA não se responsabiliza pelas opiniões expressadas nos comentários publicados no portal.