“Que possamos nos ajudar a superar esse momento triste e recomeçar”

Padre Volmir Comparin assumiu oficialmente como 21º pároco de Santo Antônio no último domingo, 13/02, trazendo palavras de esperança, união e muito amor por Bento Gonçalves

“Pároco é alguém que vai à frente. Que busca abrir caminhos pelo diálogo e pelo Evangelho”. Essa é a análise do padre Volmir Comparin sobre sua mais nova função religiosa, na Paróquia Santo Antônio, em Bento Gonçalves. Natural do município, o padre Volmir teve sua posse canônica realizada no último domingo, 13/02, durante a missa das 18h no Santuário Santo Antônio. Ele assume como o 21º pároco da história da paróquia, já ressaltando a importância do seu papel na comunidade. “A função do pároco é ajudar a manter a unidade, o diálogo entre os grupos e preservar o espírito cristão nas lideranças e em todos os participantes da igreja”, comenta.

Com a sua posse, padre Volmir recebeu oficialmente a missão de coordenar as atividades pastorais e religiosas do santuário, das comunidades e também dos serviços e pastorais que somam mais de 1.500 lideranças. Natural da Linha Pradel, pertencente à Paróquia São Roque, recebeu a ordenação sacerdotal em maio de 1990. Em quase 32 anos de sacerdócio, padre Volmir já atuou na cidade de Mauá, em São Paulo, numa das missões da Diocese de Caxias do Sul. Depois, também auxiliou em diversas paróquias da Serra Gaúcha, além de ter passado um período em estudos bíblicos, na Itália.

Por 13 anos, até 2012, foi reitor do Santuário Diocesano de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha e, de 2013 até a nomeação como pároco da Paróquia Santo Antônio, atuou como pároco na Paróquia São Brás, em Paraí. Em Bento, ele assumiu a função até então desenvolvida pelo padre Ricardo Fontana, que no dia 26 de fevereiro, tomará posse como reitor do Santuário de Caravaggio.

Padre Volmir se mostra animado e feliz por voltar a Bento Gonçalves, local que “aprendeu a amar”. “Bento sempre será a minha cidade. Onde estão meus pais e minha história. Enfrentaremos desafios, porque cidades grandes têm as suas complexidades. Mas buscaremos ser um sinal de vida e esperança a todos. Eu tenho essa vontade de ajudar a manter o espírito cristão, dialogar e plantar uma semente de esperança, principalmente durante esse período de pandemia”, declara.

Questionado sobre a polarização do mundo, diante de pautas políticas, religiosas e sociais, Padre Volmir reflete sobre o fenômeno do pêndulo do relógio. “Às vezes o pêndulo está de um lado e, por algum motivo, pode ir para o outros. Mas se agora estamos nos separando, se agora achamos que somos o centro do mundo e que apenas o nosso jeito de pensar está correto, amanhã vamos precisar dos outros. E ao precisar dos outros, vamos reaprender a dialogar, a perdoar e também reaprender os valores de uma sociedade. Nós nos realizamos, também, na medida em que fazemos os outros felizes”, analisa. “Que possamos nos ajudar a superar esse momento triste e recomeçar. Que possamos nos animar uns aos outros”, finaliza.