Que sol nascerá no horizonte de Lula?

Faltando poucos dias para seu julgamento, Lula se joga de cabeça em sua candidatura à presidência e o que vemos? A velha tática dos socialistas que sugam o máximo de seu poder através dos apadrinhamentos. O próprio Lula gravou um vídeo recentemente defendendo o crescimento do Estado e de seus tentáculos. Por que, afinal, Lula e o esquadrão da esquerda fazem tanta questão de crescer o governo? Ora, muito simples: quanto mais gente é empregada pelo Estado, mais pessoas dependem dele para crescer, logo, você defenderá cargos públicos com unhas e dentes. 

Para vocês terem uma ideia, a cada 100 trabalhadores no Brasil, 12 são bancados com o dinheiro do povo. São mais de 2,2 milhões de funcionários públicos. Não haveria nada de errado com isso se não fosse o simples fato de que a grande parcela desses funcionários é usada como incansável massa de manobra. Observem as greves, as passeatas, os protestos violentos. O fato é que, se quem estiver no poder agradar o bolso desses funcionários, então o brasileiro poderá seguir sua rotina. Por isso as greves foram tão poucas até agosto de 2016, quando o bastião Dilma veio a cair. Logo a bagunça foi declarada como um direito.

Em um país engessado pela burocracia, onde 6 a cada 10 empresas fecham nos primeiros cinco anos, é natural que boa parte da população almejasse cargos públicos em busca da estabilidade. Mas o preço de assassinar o empreendedorismo é alto. Assim, matamos os talentos que gerariam empregos e trariam mais renda. Assim, expulsamos mentes capazes que, se incentivadas, poderiam mudar o cenário absurdo que vivemos há décadas.

Isso resume em boa parte os ataques que tantas pessoas sofrem no Brasil quando se declaram contra a política de elementos como Lula. Se a esquerda usa o crescimento do Estado para arrumar filiados, logo, essas pessoas precisam declaradamente atacar e calar tudo aquilo que possa diminuir o tamanho desse Estado e sua arrecadação. E, veja bem, se hoje temos 2,2 milhões de pessoas dependentes do nosso dinheiro, pensem nos números quando incluímos os familiares delas. Temos, então, a receita perfeita para que uma multidão precise defender com unhas e dentes seus candidatos. Ah, e não nos esqueçamos dos artistas famosos e das emissoras de TV que recebem bilhões em verba pública para rodar as campanhas em épocas de eleição.

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Se existe uma máquina bem lubrificada no Brasil, essa reside nos altos cargos do funcionalismo público. É dali que saem as leis, os julgamentos e a burocracia que não permite chegarmos ao bilionário cadáver público. Assim escorre o desgraçado líquido que respinga em professores, médicos e juristas. Assim se estabelece o emaranhado mesmo nó que prende aqueles com salários de R$ 2 mil àqueles que ganham R$ 50 mil. Um vínculo estreito que liga o cenário caótico daquele que não recebe seu salário de R$ 2 mil há meses àquele que, no alto de seu cargo, vê sempre seu rico dinheiro cair pontualmente em sua conta. Duas engrenagens de tamanhos diferentes, mas que operam o mesmo absurdo sistema.

  • Vinícola Garibaldi

Lula será julgado culpado ou inocente e que efeito isso surtirá no povo brasileiro? Talvez seja possível responder essa pergunta dentro de uma década, mas o mais provável é que sigamos cegos dentro da neblina que essa mesma máquina produz. Porque em um país onde praticamente nada funciona, o Estado segue sendo soberano, um relógio suíço que não atrasa em pingar o dinheiro do povo que lubrifica os tentáculos criados pelo grupo mais unido deste patético Brasil, o grupo dos políticos. 

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