Desde 2003, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) contratou R$ 112 milhões em financiamentos na cidade de Bento Gonçalves. Desse valor, 5% foram destinados à agropecuária, 81% para a indústria e o restante para os outros setores. Os dados foram apresentados pelo diretor de Planejamento do banco, Carlos Henrique Horn, em palestra-almoço realizada no Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC/BG), na última segunda-feira, dia 21.
Born, que falou para mais de cem empresários locais, apresentou números que chamaram a atenção. Só no ano passado, foram destinados R$ 22,9 milhões em financiamentos. Em uma década, o ano em que o BRDE mais financiou foi 2012, quando destinou R$ 28,4 milhões na cidade. Já 2009 apresentou números bem mais baixos: foram destinados apenas R$ 435 mil. Na Serra Gaúcha, foram repassados R$ 905,3 milhões em financiamentos na última década.
De acordo com o diretor de Planejamento, os financiamentos de longo prazo são destinados para investimentos em ampliação, inovação, modernização e relocalização de empresas industriais, comerciais e de serviços, além de investimentos em armazenagem, irrigação, tratores, colheitadeiras e demais itens do agronegócio. “Hoje financiamos obras civis, tanto construção como reformas, equipamentos nacionais novos, despesas com inovação, capital de giro associado a investimentos e investimentos na agropecuária”, esclareceu. “O BRDE não financia veículos leves (carros, motos, furgões), aquisição de ativos (prédios, terrenos, empresas), saneamento financeiro e equipamentos não cadastrados na Finame”, pondera.
As modalidades de financiamento empresarial e voltado à inovação foram destacados pelo palestrante, que exemplificou algumas linhas, como o BRDE microempresa, BNDES automático, Finame/PSI e Progeren, linhas de crédito disponibilizadas na classificação empresarial. Em despesas com inovação, há dois programas novos: o BNDES/MPME Inovadora e Finep/Inovacred. “Os programas disponibilizam crédito a qualquer item necessário à implementação do plano de negócios das micro, pequenas e médias empresas com perfil inovador e também permitem financiar a inovação, através de bens, métodos, serviços ou processos novos”, afirma Horn.
O BRDE é uma instituição pública de fomento, constituída como banco de desenvolvimento, que apoia projetos de investimentos de uma grande parcela de atividades. No Rio Grande do Sul, os financiamentos são distribuídos em agropecuária (36%), indústria (31%), comércio e serviço (17%) e infraestrutura (15%).
De acordo com Born, os financiamentos do BRDE permitem que a empresa preserve seus recursos próprios para uso em seu giro. “Além disso, concedemos o máximo de capital de giro associado permitido, visitamos a empresa e discutimos o projeto com o empresário e também possibilitamos o relacionamento com outros órgãos do Estado”, salientou.
Reportagem: Raquel Konrad
É proibida a reprodução, total ou parcial, do texto e de todo o conteúdo sem autorização expressa do Grupo SERRANOSSA.
Siga o SERRANOSSA!
Twitter: @SERRANOSSA
Facebook: Grupo SERRANOSSA
O SERRANOSSA não se responsabiliza pelas opiniões expressadas nos comentários publicados no portal.